Operação Magna

"Diabo Loiro": quem é o influenciador rural preso por ligação com o PCC

Eduardo Magrini ostentava carros e viagens enquanto lavava dinheiro
Por Larissa Cristovão - Estagiária sob supervisão 30/10/2025 - 20:19
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Reprodução
Magrini se apresentava como produtor rural e digital influencer, mas tinha histórico por homicídio e formação de quadrilha
Magrini se apresentava como produtor rural e digital influencer, mas tinha histórico por homicídio e formação de quadrilha

O produtor rural e influenciador digital Eduardo Magrini, conhecido como “Diabo Loiro”, foi preso nesta quinta-feira, 30, em São Paulo durante uma operação que investiga um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A ofensiva, realizada em conjunto pelo Ministério Público e a Polícia Civil, também mira empresários, agiotas e outros influenciadores suspeitos de integrar a rede financeira da facção.

A operação cumpriu nove mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão em Campinas, Mogi Guaçu e Artur Nogueira, além do bloqueio de 12 imóveis de luxo e contas bancárias. Durante as ações, um suspeito morreu em confronto e um policial militar foi baleado e levado ao Hospital de Clínicas da Unicamp.

Com mais de 105 mil seguidores, Magrini exibia nas redes sociais uma rotina marcada por rodeios, carros de luxo e viagens, se apresentando como “influencer rural”. Segundo o Ministério Público, o estilo de vida era sustentado por negócios usados para lavar dinheiro do tráfico.

Antes da fama digital, Magrini já tinha passagens pela polícia por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documentos falsos. As investigações apontam que ele é membro relevante do PCC e teria participado dos ataques coordenados de 2006 contra o Deic e outras forças de segurança em São Paulo, que espalharam pânico pela capital e interior.

Embora tenha se mantido afastado do noticiário nos últimos anos, o Ministério Público afirma que Magrini nunca deixou de atuar nos bastidores do crime organizado, especialmente na região de Campinas.

“Ele tinha e tem ligação profunda com o crime organizado na região, envolvido, inclusive, com os ataques realizados pelo PCC em 2006”, destacou o MP na denúncia.


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