A Braskem registrou queda de 9% no volume de vendas de resinas no Brasil no terceiro trimestre de 2025, totalizando 787 mil toneladas, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira, 30. O resultado reflete a retração na demanda doméstica por polipropileno (PP), polietileno (PE) e policloreto de vinila (PVC).

De acordo com a companhia, o cenário global segue volátil, com poucos fatores sustentando o crescimento da atividade econômica. O documento afirma que, apesar de uma leve melhora nas tarifas internacionais, a instabilidade continua afetando a indústria petroquímica.

As exportações de resinas apresentaram alta de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando 229 mil toneladas. Já no segmento de químicos, as vendas no mercado interno recuaram 2%, para 700 mil toneladas, enquanto as exportações caíram 23%, somando 43 mil toneladas. A empresa explicou que o desempenho foi impactado pela menor demanda de produtos como cumeno, benzeno e eteno, além da maior oferta de substitutos de tolueno no mercado brasileiro.

A taxa de utilização das centrais petroquímicas da Braskem ficou em 65%, oito pontos percentuais abaixo do registrado em 2024, em razão de paradas de manutenção na unidade do Rio de Janeiro e da adoção de estratégias de otimização da produção.

Nos Estados Unidos e na Europa, as vendas somaram 495 mil toneladas, uma redução de 1% em comparação anual. No México, a operação Braskem Idesa teve queda de 30%, para 146 mil toneladas, devido a uma manutenção geral. A companhia também reportou uma redução generalizada nos spreads de produtos petroquímicos, tanto em relação ao mesmo período do ano passado quanto ao trimestre anterior, pressionada pelos mercados internacionais.