Novembro
Inflação surpreende para baixo e beneficia planejamento municipal
Resultado impacta positivamente a gestão municipal no custeio e na manutenção de serviços essenciais
Os Municípios brasileiros iniciam dezembro com um cenário favorável para o planejamento financeiro. Isso porque o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro apresentou aumento de 0,18%, número abaixo da expectativa de mercado e do registrado no mesmo mês do ano anterior.
O resultado contribuiu para que, pela primeira vez em 2025, a inflação ficasse dentro do intervalo da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), impactando diretamente a gestão municipal, especialmente no custeio e na manutenção de serviços essenciais.
Os dados são do Informativo CNM de Inflação, elaborado mensalmente pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O estudo acompanha a evolução do IPCA, indicador oficial da inflação brasileira, cuja meta é estabelecida pelo CMN.
O IPCA avalia, mensalmente, uma cesta de 377 itens consumidos por famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos. A Edição 11/2025 do Informativo analisa o IPCA de novembro, com preços coletados entre 30 de outubro e 28 de novembro de 2025 e comparados aos preços do período entre 30 de setembro e 29 de outubro de 2025.
Foi analisado que a inflação de 0,18% ficou abaixo da expectativa do último Relatório Focus, divulgado em 8 de dezembro (0,2%), e também foi menor que a taxa observada em novembro de 2024 (0,39%).
Sobre o acumulado de 12 meses, o IPCA chegou a 4,46%, abaixo do limite superior da meta para o ano (4,5%) e inferior aos 4,68% registrados até outubro de 2025. Isso significa que este é o primeiro mês do ano em que o indicador fica dentro do intervalo perseguido pelo governo.
Confira o que mais influenciou o índice de novembro:
Cinco dos nove grupos analisados tiveram alta no mês. Em ordem de impacto no IPCA, foram:
Habitação: 0,52% (+0,08 p.p.)
Despesas pessoais: 0,77% (+0,08 p.p.)
Transportes: 0,22% (+0,04 p.p.)
Vestuário: 0,49% (+0,02 p.p.)
Educação: 0,01% (+0,001 p.p.)
Três grupos contribuíram negativamente:
Artigos de residência: -1,0% (–0,04 p.p.)
Comunicação: -0,2% (–0,01 p.p.)
Alimentação e bebidas: -0,01% (–0,002 p.p.)
O grupo Alimentação e bebidas, um dos mais sensíveis para a população, caiu de uma inflação anualizada de 7,69% em dezembro de 2024 para 3,88% em novembro de 2025. Isso indica uma redução significativa nos custos diretos do orçamento familiar. Em direção oposta, o grupo Vestuário acelerou, passando de 2,78% em dezembro de 2024 para 5,71% em novembro de 2025.



