O perfil do candidato à Prefeitura de Maceió, Rafael Brito (MDB), foi reativado nesta terça-feira, 1º, pela Meta, após ficar desativado quase 20 horas além do prazo determinado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL). A suspensão ocorreu devido ao descumprimento de uma ordem judicial.

Inicialmente, a conta deveria permanecer bloqueada até o dia 6 de outubro de 2024, às 23h, mas uma decisão posterior reduziu o período de suspensão, limitando-o até a tarde de segunda-feira, 30.

A ordem de bloqueio foi expedida pelo desembargador eleitoral Guilherme Masaiti Hirata Yendo, que também determinou a suspensão dos programas eleitorais de Brito, após o candidato ter violado a decisão judicial em duas ocasiões.

O prefeito JHC, que busca a reeleição, teria se incomodado com uma declaração de Brito durante a campanha, afirmando: "R$ 260 milhões em um hospital que nem funciona direito". A decisão judicial que restringia Brito de abordar o tema resultou na punição por descumprimento.

Em 28 de setembro, Rafael Brito veiculou conteúdos não autorizados no Instagram e exibiu propaganda eleitoral indevida na TV, o que acarretou uma multa de R$ 100 mil, dobrada pela gravidade e reincidência das infrações.

Impacto na campanha

Antes da reativação do perfil, a coligação "Maceió Levada a Sério" divulgou uma nota, alegando que a desativação da página, mesmo após o prazo judicial, estava causando "enorme prejuízo para a candidatura de oposição, que denuncia erros administrativos recorrentes do prefeito JHC". 

Em plena disputa pela Prefeitura de Maceió, Rafael Brito teve suas redes sociais retiradas do ar por uma decisão que previa que uma pena de 24 horas. No entanto, o prazo passou e a conta continua desativada causando enorme prejuízo para candidatura que faz oposição e aponta os sucessivos erros administrativos do prefeito JHC.

É de se lamentar que o prazo não tenha sido cumprido no tempo estabelecido pela decisão judicial – que inicialmente queria silenciar o candidato até o final da eleição. JHC ingressou na Justiça buscando impedir o debate dentro do período eleitoral, para não ter que explicar uma série de suspeitas durante sua gestão.

A campanha de Rafael Brito deixa um questionamento aos eleitores de Maceió: “Quem pagará por isso?”