Federação pode barrar projeto de Rodrigo Cunha ao governo

As discussões em Brasília para o avanço das federações partidárias da cabeça da política nacional para os braços nos estados bagunça o cenário eleitoral em Alagoas e pode acirrar os ânimos de polos opostos e inegociáveis, ao menos nas condições atuais.

Uma das federações envolve o PT/PSB/PV e PC do B e aparentemente o cenário é tranquilo. Petistas e socialistas negociam a céu aberto as candidaturas proporcionais, mas a obrigação de atuar em conjunto na legislatura, tanto em 2023 quanto em 2026, exigência das federações, expõe as contradições.

O PSB é comandado pelo prefeito de Maceió, JHC, que não deve pedir votos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e esta semana apareceu ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tido como negacionista durante a pandemia. Jota não é tratado pelo PT como de esquerda. Apesar da distante possibilidade de o prefeito renunciar para se lançar ao governo, o PT local sequer discute a questão por tratá-la como improvável. 

Além disso, JHC deve apoiar o senador Rodrigo Cunha (PSDB) na disputa ao governo, situação que os petistas locais renegam. Cunha é tratado como da ala tucana mais bolsonarista. A reeleição do deputado federal Paulão (PT) pode ganhar novo fôlego com o acerto envolvendo o pai do prefeito, João Caldas, também candidato a federal pelo PSB.

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