O cantor Gilsinho, intérprete oficial da Portela, morreu nesta terça-feira, 30, aos 55 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela própria escola de samba, que decretou luto oficial de três dias.

De acordo com a Portela, o falecimento ocorreu "em decorrência de complicações após um procedimento cirúrgico". Amigos próximos informaram que o artista havia realizado uma cirurgia bariátrica na última semana, recebeu alta no sábado, 27, mas apresentou piora no estado de saúde a partir da segunda-feira, 29.

Com uma voz potente e marcante, Gilsinho era um dos nomes mais respeitados do samba-enredo nacional. Além da Portela, onde desfilava desde 2006, também era o intérprete oficial da Tom Maior, escola de samba do carnaval paulista.

Filho de Jorge do Violão, ex-integrante da Velha Guarda da Portela, e afilhado do lendário compositor Casquinha, Gilsinho construiu uma carreira sólida no carnaval. Em 2017, estava presente no título da Portela, e em 2015, venceu o Grupo Especial em São Paulo com a Vai-Vai, no enredo sobre Elis Regina.

No último carnaval, emocionou ao interpretar “Maria Maria”, em homenagem a Milton Nascimento, na Marquês de Sapucaí. Seu grito de guerra — “Vai na Ginga, Portela!” — ecoava como marca registrada em cada desfile.

A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) publicou nota lamentando a perda e ressaltou que "sua trajetória ficará eternizada na história do samba e na memória da nossa Avenida". Outras escolas como Salgueiro, Mocidade, Tuiuti e Acadêmicos de Niterói também prestaram homenagens.

Gilsinho deixa filhos, amigos, admiradores e uma legião de fãs. A causa exata da morte não foi detalhada pela família.