Assessoria
Orestes Oliveira comemora 45 anos como ilustrador
Uma exposição de Histórias em Quadrinhos (HQ) marcará os 45 anos de ilustração do artista visual, chargista e ilustrador Orestes Oliveira. Serão expostas as obras originais e revistas do acervo do artista guardadas ao longo de quatro décadas de atuação. Com o tema “Terror em HQ - 45 anos de ilustração de Orestes Oliveira” o acervo ocupará a galeria do Centro Cultural Arte Pajuçara, em Maceió, entre os dias 22 de dezembro à 20 de março.
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São nove obras originais que estarão expostas na galeria. Segundo o artista Orestes Oliveiras, os HQs são com temas predominantemente de terror, mas também tem religião e artes marciais. “Tem um original que gosto muito, que é o da Pomba Gira. Agora imagina só desenhar sobre esse tema tão sensível ainda na década de 1970. Eu também assinei a ilustração uma revista de artes marciais dos Estados Unidos que circulava no Brasil e eu assinava como John SetSero, que é Orestes ao contrário”, relembrou.
João Orestes de Oliveira Filho é natural do Rio de Janeiro, mas mora em Maceió há uma década. Foi casado com a alagoana Maria Líbia Mello Assef por quase 50 anos. O artista iniciou sua atividade profissional em 1963 no jornal Correio da Manhã, logo após fez carreira nas agências publicitárias, passado como ilustrador, diagramador e capista de livros para as editoras como Vozes, Expressão e Cultura, foi diagramador e orientador gráfico da Enciclopédia 2000.
Inúmeras foram as Histórias em Quadrinhos que foram ilustradas por Orestes Oliveira, mas apenas algumas que lhe são muito expressivas foram selecionadas e serão expostas, com os títulos: “Pomba gira, Solidão final, Comedor de olhos, Spektro, As coisas, A herança de Drácula, A invasão dos rato, O homem que gastava a alma e Canal um do outro mundo".
De acordo com o artista, a exposição nasce com as inquietações provocadas por sua esposa. “Antes de minha esposa falecer, ela me dizia que eu precisava fazer uma exposição com os meus HQs, pois esses originais precisavam ser vistos e conhecidos. Então, pensamos no Arte Pajuçara, mas veio a situação do falecimento dela”, relatou emocionado.
“Eu deixei a ideia parada, até quando quatro amigos se reuniram e decidiram me incentivar para a realização desta exposição. Ela é marcada por muitas conversas ao final da tarde, com geleias sem açúcar e torradas. Foi isso que nos ajudou e nos inspirou na curadoria das obras expostas”, falou Orestes.
Para a curadora Mariana Marques, a exposição não é apenas artística, mas também afetiva. “Ela é a concretização de um desejo da Líbia que era a companheira do artista e uma homenagem aos 45 anos dele voltado para a área da ilustração. Acho que são os elementos certos para ocupar a galeria do Arte Pajuçara”, detalhou
A curadoria da exposição é feita pela historiadora e conservadora de bens culturais materiais, Mariana Marques, a artista visual e advogada Renata Mello, pelo multiartista, escritor e professor universitário, Marcelo Marques, e pelo comunicador e especialista em Práticas Culturais Populares, o antropólogo Railton da Silva.
“A exposição traz os traços da memória de uma geração que acompanhou o desenrolar de muitas histórias por meio desta tecnologia que era a revista em HQ. Hoje com o advento das novas tecnologias estamos acompanhando um novo modelo de acompanhamento das histórias, mas o quadrinho carrega todos os elementos de uma cultura, preservando seus saberes e conhecimentos”, destacou o curador e antropólogo Railton da Silva.
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