INTERNACIONAL
Corpo da brasileira Juliana Marins é resgatado de vulcão na Indonésia
Informação foi confirmada pelo Parque Nacional do Monte Rinjani por meio das redes sociais
Equipes de resgate do governo da Indonésia concluíram os trabalhos de resgate do corpo de Juliana Marins nesta quarta-feira, 25. A informação foi confirmada pelo Parque Nacional do Monte Rinjani por meio das redes sociais. "A evacuação envolveu a colaboração entre diversas agências e voluntários, trabalhando em terreno extremo com clima imprevisível."
De acordo com a equipe de resgate da Indonésia, o processo de remoção do corpo de Juliana começou às 6h (horário local) com a preparação de todos os equipamentos para a evacuação.
Às 13h51, toda a equipe de resgate e o corpo de Juliana estavam no topo do penhasco, no local de ancoragem, e às 15h50 alcançaram Pelawangan, um dos principais pontos de referência da trilha do Monte Rinjani. Em seguida, eles desceram em direção a Sembalun.
O corpo de Juliana chegou às 20h40 ao Resort Sembalun e então foi levado ao Hospital Bhayangkara Polda NTB. Serão feitos exames periciais antes que seja liberado o translado de volta ao Brasil.
Parte dos trabalhos foi divulgada em vídeos pelo Basarnas (Agência Nacional de Busca e Resgate).
Juliana caiu de uma trilha do monte Rinjani na sexta-feira, 20, e nesta terça-feira, 24, quando socorristas finalmente chegaram ao local onde a brasileira estava, foi constatada a morte dela. O corpo estava a 600 metros do ponto de onde ela caiu.
Integrantes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia afirmaram que a retirada do corpo seria feita nesta quarta-feira devido às condições climáticas desfavoráveis, com visibilidade muito limitada.
Queda e longa espera por resgate
Juliana Marins caiu enquanto fazia uma trilha próxima de um vulcão. O local é conhecido por sua beleza, mas também por seus desafios e riscos naturais. Sete socorristas conseguiram chegar ao local nesta terça.
Ela foi encontrada morta nesta terça-feira, 24. O acidente ocorreu no sábado, 21, pelo horário local, ainda noite de sexta-feira, 20, no Brasil. Ela ficou quase quatro dias à espera de um resgate.
A tentativa de resgate da brasileira foi dificultada por condições meteorológicas e de visibilidade adversas e mobilizou alpinistas experientes e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Durante as tentativas de resgate, familiares e amigos relataram desencontro de informações, inclusive sobre a veracidade de que Juliana teria recebido alimentos e bebidas, como chegou a ser divulgado ainda no último sábado, dia do acidente.
Pelas redes sociais, políticos e famosos também entraram na mobilização para cobrar ajuda. Familiares também questionaram a demora para ser feito o resgate, assim como falta de planejamento.
Juliana morava em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, e em dezembro de 2021 concluiu a graduação em Publicidade e Propaganda na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Ela chegou a trabalhar no canal Off (com produção e conteúdo) e no Multishow (com produção de conteúdo digital), segundo registrou em seu perfil no LinkedIn, onde acumulava elogios profissionais.