Astronomia
Entenda o eclipse solar em que o Sol desaparecerá por mais de seis minutos
Eclipse solar total de 2 de agosto de 2027 será o mais longo do século 21
Em 2 de agosto de 2027, parte do planeta terá a oportunidade de presenciar um dos espetáculos astronômicos mais marcantes deste século: o eclipse solar total mais longo do século 21. Segundo a NASA, o fenômeno fará o Sol desaparecer completamente por 6 minutos e 22 segundos, transformando o dia em noite em diversos países do Hemisfério Oriental.
Durante o raro alinhamento entre Sol, Lua e Terra, a fase de totalidade, quando a Lua encobre completamente a luz solar, atravessará dez países, incluindo Espanha, Marrocos, Egito e Arábia Saudita, segundo o portal Space.com. No auge do evento, o céu escurecerá de forma súbita, criando um efeito visual semelhante a um pôr do sol circular de 360 graus.
Embora grande parte da Europa, África e Ásia presencie o eclipse de forma parcial, apenas uma estreita faixa da sombra lunar mostrará a totalidade. Essa região, com cerca de 258 quilômetros de largura e mais de 15 mil quilômetros de extensão, cruzará continentes e mares, oferecendo a visão mais dramática do fenômeno, conforme dados do site Eclipse Wise.
Além disso, a Lua estará em seu ponto mais próximo da Terra, o chamado perigeu, aumentando o tamanho aparente do satélite no céu e prolongando o tempo da escuridão.
O que causa um eclipse solar
Um eclipse solar ocorre quando a Lua se posiciona entre o Sol e a Terra, bloqueando parcial ou totalmente a luz solar. Esse alinhamento é raro, pois a órbita lunar é levemente inclinada em relação à da Terra. Por isso, eclipses não acontecem mensalmente, mas apenas durante os chamados períodos de eclipses, que ocorrem duas vezes ao ano.
Durante um eclipse total, o dia escurece de forma repentina, a temperatura cai e é possível observar estrelas e planetas em pleno horário diurno, mostrando como os movimentos cósmicos ainda surpreendem até os astrônomos mais experientes.
A duração excepcional é o que torna o eclipse de 2027 único. Para comparação, o eclipse total de 2024, visível nas Américas do Norte e Central, teve duração máxima de 4 minutos e 28 segundos, quase dois minutos a menos.
Além do espetáculo visual, eclipses totais oferecem oportunidades científicas únicas. Durante a escuridão, pesquisadores estudam a corona solar, camada externa do Sol visível apenas quando a luz intensa é bloqueada pela Lua, ajudando a compreender melhor o comportamento da estrela e sua influência sobre clima e comunicações na Terra.
Como acompanhar o fenômeno
Embora o Brasil não esteja na rota de totalidade, quem quiser assistir ao eclipse poderá acompanhá-lo ao vivo pela internet. A NASA e diversos canais especializados devem transmitir o evento em tempo real, permitindo que espectadores do mundo inteiro vejam o Sol “desaparecer” temporariamente do céu.



