Guillain Barré: entenda a doença que fez o Peru declarar emergência

O governo do Peru declarou, no domingo, 9, emergência de saúde a nível nacional por causa do aumento de casos da síndrome de Guillain-Barré. O país enfrenta um surto, com o registro de 4 mortes desde o início do ano. Até o momento, já foram confirmados 182 casos, dos quais 31 pacientes permanecem hospitalizados.

O ministro da Saúde, César Vásquez, destacou que essa medida possibilitará a obtenção de imunoglobulina para o tratamento de pacientes nos próximos 24 meses. “Até agora controlamos a doença. Guillain Barré aparece todos os anos e houve um aumento significativo nas últimas semanas que nos obriga a tomar medidas de Estado para proteger a saúde e a vida da população“, afirmou.

Entenda a doença

A síndrome de Guillain-Barré é uma condição séria e pouco comum que afeta o sistema nervoso. Ela ocorre quando o sistema imunológico do organismo passa a atacar os nervos que conectam o cérebro a outras partes do corpo, resultando em inflamação nervosa.

A fraqueza muscular é um sintoma primário da síndrome de Guillain-Barré. Inicialmente, os pacientes podem sentir dormência ou queimação nas extremidades inferiores (pés e pernas) e, posteriormente, nas superiores (mãos e braços). A síndrome varia em termos de gravidade, indo desde uma fraqueza leve até uma paralisia completa dos quatro membros. A doença geralmente é desencadeada por uma infecção prévia, sendo a infecção por Campylobacter, que causa diarreia, a mais comum de acordo com o Ministério da Saúde do Brasil.

Sintomas, diagnóstico e tratamento

Segundo o Ministério da Saúde outros sinais e sintomas que podem estar relacionados à Síndrome de Guillain Barré são:

Sonolência;
Confusão mental;
Coma;
Crise epiléptica;
Alteração do nível de consciência;
Perda da coordenação muscular;
Visão dupla;
Fraqueza facial;
Tremores;
Redução ou perda do tono muscular;
Dormência, queimação ou coceira nos membros.

Não existe um teste específico para diagnosticar a síndrome de Guillain-Barré, portanto é importante que os profissionais de saúde tenham conhecimento para identificar a doença e encaminhar o paciente para o tratamento adequado.

O tipo de tratamento necessário varia de acordo com a condição clínica do paciente.Normalmente, envolve o uso de imunoglobulina ou plasmaférese (técnica de transfusão que permite retirar plasma sanguíneo de um doador ou de um doente).

Em situações mais graves, em que ocorre paralisia dos músculos respiratórios e alterações no ritmo cardíaco, a internação na Unidade de Terapia Intensiva é necessária.

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