A empresa norte-americana Colossal Biosciences afirmou nesta segunda-feira, 7, ter “revivido” a espécie de lobo gigante conhecida como lobo-terrível, extinta há cerca de 13 mil anos e popularizada pela série Game of Thrones.

Isso só foi possível graças à recuperação de material genético feita em 2021, quando uma equipe de cientistas conseguiu extrair o DNA da espécie a partir de dois fósseis: um dente de 13 mil anos e um crânio de 72 mil anos, encontrados nos estados de Ohio e Idaho, nos Estados Unidos.

A partir desses dados genéticos, os pesquisadores confirmaram o lobo cinzento como o parente vivo mais próximo do lobo-terrível – as duas espécies compartilham 99,5% do código genético.

Com base nessa semelhança, os cientistas realizaram mais de 20 edições genéticas em 14 genes do lobo cinzento comum, personalizando o DNA para recriar o predador extinto. Os embriões modificados foram implantados em cães que atuaram como mães substitutas.

Como resultado, nasceram três lobos saudáveis: dois machos de seis meses e uma fêmea de três meses, batizados de Romulus, Remus (em referência à mitologia romana) e Khaleesi, personagem de destaque em Game of Thrones.

Embora não sejam réplicas exatas do lobo-terrível original, os animais são geneticamente tão próximos quanto a tecnologia atual permite. Eles estão sendo criados em um centro de preservação da vida selvagem no norte dos Estados Unidos, cuja localização exata é mantida em segredo para evitar a presença de curiosos.

Os lobos-terríveis dominaram o sul do Canadá e os Estados Unidos no passado. Com mandíbulas robustas e dentes afiados, caçavam cavalos, bisões e até mamutes. A extinção dessas presas, causada pela caça humana, é apontada como um dos fatores que levaram ao desaparecimento dos lobos.