MEIO AMBIENTE
Empresa é denunciada ao MPAL por suposto crime ambiental no Porto de Maceió
Segundo o denunciante, a empresa estaria movimentando coque de petróleo irregularmente
Uma empresa que atua no Porto de Maceió foi denunciada ao Ministério Público de Alagoas (MPAL) nesta sexta-feira, 28, por suposto crime ambiental. Segundo o denunciante, a empresa Intermarítima estaria realizando movimentação de coque de petróleo de forma irregular.
Coque de petróleo é um subproduto sólido gerado no processo de refino do petróleo, formado a partir da decomposição do petróleo em altas temperaturas. Ele é composto principalmente por carbono e pode ser utilizado como combustível industrial em fornos e usinas, além de ser empregado na produção de materiais como o grafite.
Devido à sua natureza e composição, o manuseio inadequado do coque de petróleo pode gerar impactos ambientais, como poluição do solo e da água. Por ser inflamável, o material pode entrar em combustão espontânea se armazenado inadequadamente.
A denúncia destaca a ausência de barreiras físicas para conter o material em caso de chuva, possibilitando o escoamento para o mar. Um vídeo mostra a quantidade de coque de petróleo armazenada e as condições de manuseio.
A denúncia foi apresentada por um trabalhador do Porto de Maceió, que preferiu não se identificar. Segundo ele, a empresa movimenta cerca de 18 mil toneladas de coque de petróleo no pátio do porto, armazenando o material a céu aberto sem as devidas medidas de segurança.
Em nota, a Intermarítima companhia reforçou seu compromisso com a transparência e a conformidade ambiental em todas as suas operações, tanto no Porto de Maceió quanto nos outros estados onde atua.
De acordo com a empresa, suas atividades são conduzidas de forma ética e em total conformidade com as exigências legais e ambientais. A Intermarítima destacou que possui o selo prata da Ecovadis, um dos principais reconhecimentos globais em práticas ESG (ambientais, sociais e de governança).
Sobre a movimentação do coque de petróleo, a companhia afirmou que segue rigorosamente as diretrizes da legislação ambiental brasileira, normas da ABNT, CONAMA e demais regulamentações aplicáveis. Além disso, ressaltou que o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA) realizou, nesta sexta-feira (28), uma vistoria no navio onde o material está armazenado, no Porto de Maceió. Segundo a empresa, o relatório de conformidade operacional emitido pelo órgão confirmou que todas as atividades seguem os padrões exigidos pela Licença de Operação nº 2024.1807543770, descartando qualquer risco de contaminação.
A Intermarítima reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento de Alagoas e com a preservação ambiental, colocando-se à disposição para quaisquer esclarecimentos e comprovações necessárias.