ALBINO SANTOS
Serial Killer fazia stalking e colocava mulheres em grupos de pornografia
Relatório pericial mostra mais de 300 contatos de garotas de programa armazenados em seu celular
As investigações sobre Albino Santos de Lima, acusado de uma série de assassinatos em Maceió, revelam novos detalhes sobre o seu comportamento. Segundo fontes ligadas à investigação, o suspeito tinha histórico de stalking e envolvimento em práticas consideradas pervertidas.
Três boletins de ocorrência foram registrados contra ele por perseguição, sendo dois por vítimas presentes em sua lista de contatos, ao qual o EXTRA teve acesso por meio do relatório pericial realizado pelo Instituto de Criminalística e um terceiro feito pela ex-esposa.
De acordo com informações obtidas pelo EXTRA, ele utilizava os contatos dessas mulheres para adicioná-las em grupos de pornografia. Essa prática causava grande transtorno às vítimas, levando-as a formalizar as denúncias contra ele.
"Ele se interessava por essas mulheres, elas não davam atenção, aí ele pegava o telefone delas, o contato, e adicionava em grupos de WhatsApp, de pornografia. Como se a moça fosse garota de programa", diz uma fonte da polícia que preferiu não se identificar.
Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que Albino possuía mais de 300 contatos de garotas de programa armazenados em seu celular. Embora mantivesse relações com algumas dessas mulheres, as investigações não apontam que ele tenha cometido crimes sexuais contra elas, e, apesar do alto número de contatos, o inquérito não confirmou indícios de que Albino fosse algum tipo de maníaco sexual.
Serial killer alega transtorno mental
Com o decorrer das investigações, a Polícia Civil negou, na última quinta-feira, 27, que Albino Santos apresente qualquer transtorno mental. Um laudo psiquiátrico, realizado por um especialista, confirmou que ele não possui distúrbios.
O documento aponta que Albino tinha plena consciência de seus atos e tentava apagar rastros para evitar a captura pela polícia.
"O laudo confirma que ele agia de forma premeditada, planejada e procurava apagar rastros e provas. Ele tinha plena consciência do que fazia e da gravidade de seus atos", afirmou o delegado Gilson Rêgo durante coletiva à imprensa.
Com isso, Albino é considerado um serial killer imputável, ou seja, plenamente responsável pelos crimes que cometeu.
Albino dos Santos, ex-prestador de serviço da Polícia Penal de Alagoas como agente penitenciário, se tornou um dos cinco maiores serial killers do Brasil. Atuando em Maceió entre 2019 e 2024, ele é acusado de 18 homicídios, dos quais confessou 16. No entanto, a Polícia Civil afirma ter provas suficientes para implicá-lo também nos outros dois crimes.