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Gestantes de alto risco esperam em corredores da Maternidade Santa Mônica

Vistoria realizada pela Defensoria Pública constatou superlotação na unidade
Por Redação 29/03/2025 - 10:08
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Reprodução
Maternidade Santa Mônica, em Maceió, que é referência para gestantes de alto risco e recém-nascidos prematuros
Maternidade Santa Mônica, em Maceió, que é referência para gestantes de alto risco e recém-nascidos prematuros

Uma vistoria realizada pela Defensoria Pública de Alagoas constatou superlotação na Maternidade Escola Santa Mônica, referência para gestantes e bebês de alto risco no estado. Durante a inspeção, realizada nesta sexta-feira, 28, foi identificado que todos os 40 leitos estavam ocupados e que algumas gestantes estavam acomodadas nos corredores e em salas improvisadas.

Em uma das salas, sem ventilação adequada e com o ar-condicionado quebrado, foram encontradas gestantes e mães com recém-nascidos. A presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Sílvia Melo, que atua como obstetra na maternidade, relatou que 13 gestantes estavam internadas sem estrutura adequada, algumas passando noites em poltronas.

A médica destacou que a unidade não possui mais espaço para novas admissões e que a transferência das pacientes para outros hospitais não é viável, já que muitas apresentam condições delicadas, como trabalho de parto prematuro, infecções urinárias, diabetes e hipertensão.

A direção da maternidade afirmou que enfrenta superlotação devido ao aumento no direcionamento de gestantes da capital e do interior. Informou ainda que, no momento, não há mais pacientes nos corredores, pois aquelas que estavam em condição de alta foram liberadas e as demais foram transferidas para enfermarias. No entanto, ainda há três pacientes além da capacidade, que permanecem na sala de observação.

Sobre o problema do ar-condicionado, a unidade informou que o equipamento foi consertado na tarde desta sexta-feira. Em relação à falta de médicos e anestesistas, a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) encaminhou à Secretaria de Saúde do Estado a necessidade de novas contratações.

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