Uma moradora de Maceió denunciou nas redes sociais a invasão do terreno de sua família por uma construtora, que teria derrubado um muro de 15 metros para avançar com a construção de um prédio. Layla Jatobá relatou o caso em vídeos publicados nesta quinta-feira, 19.

No relato, Layla afirma que a empresa Plataforma Engenharia está construindo um edifício ao lado da residência de seus pais, no local onde a família vive há 25 anos. Ela diz que, mesmo após a negativa da mãe quanto à liberação do terreno para perfuração, a obra prosseguiu — culminando, segundo ela, na destruição do muro da casa e na entrada de operários na propriedade.

“Você já pensou ter a sua casa invadida por uma construtora que quer porque quer construir um prédio a todo custo? É isso que está acontecendo aqui em casa”, afirma Layla no início do vídeo.

“Esse problema não é de agora, ele já está acontecendo há um tempo. A gente tentou tratar isso de várias formas possíveis e a gente não teve resposta, a gente não conseguiu evoluir em nada".

A moradora conta que os pais adquiriram o terreno há 27 anos e construíram a casa dois anos depois. Segundo Layla, recentemente a construtora demonstrou interesse em perfurar o terreno da residência para dar sustentação à construção vizinha. A família recusou.

“Essas perfurações poderiam causar algumas rachaduras aqui em casa, poderiam trazer prejuízos pra gente e minha mãe não autorizou”, explicou. Apesar disso, de acordo com o relato, a empresa deu continuidade à obra. Layla afirma que sua mãe tentou embargar a construção, mas sem sucesso.

“Quando foi hoje, a minha mãe recebe uma mensagem do vizinho falando assim: ‘Eleni, eles derrubaram o teu muro’. Quando a gente foi ver, gente, eles não só derrubaram o muro inteiro de 15 metros daqui de casa. Eles simplesmente derrubaram e entraram dentro daqui de casa.”

Ela conta que a construtora colocou tapumes no terreno da casa e começou a utilizá-lo como parte do canteiro de obras. A área, segundo ela, é onde vivem quatro cães da família, e o risco de fuga ou ataque foi uma das preocupações.

“Além disso, hoje em dia, pra vocês terem ideia, só quem dorme aqui de noite são os meus pais, dois idosos. Então, qualquer coisa poderia ter acontecido, porque a única proteção que tinha daqui de casa pra rua eram tapumes.”

Layla também cita que a construtora teria utilizado até mesmo um coqueiro do terreno da casa para amarrar cordas da obra. Ela afirma ter entrado em contato com o engenheiro responsável técnico pela construção e gravado uma ligação com ele.

“A minha mãe falou com ele. A gente gravou, inclusive, a ligação. E nisso a minha mãe falou com ele: ‘Rafael, vocês invadiram a minha casa, a minha casa está invadida’. (...) E o Rafael fala assim: ‘Não, a gente não fez isso’. A minha mãe: ‘Fez isso, fez, a gente tá vendo. Eu tô aqui, você fez isso’.”

Layla conta que, diante da negativa, sua mãe enviou imagens pelo WhatsApp, momento em que, segundo ela, o engenheiro passou a sugerir que o muro havia caído por causa das chuvas. A moradora refutou essa versão: “Gente, quando um muro cai por causa de chuva, ele geralmente cai um pedaço, ele não cai 15 metros inteiro e completo".

Revoltada com a situação, ela diz que decidiu publicar o vídeo para expor o caso e pedir ajuda:

“A gente precisa parar com essa história de que as pessoas acham que podem fazer aquilo que elas bem entendem de fazer. Isso é um absurdo, coloca a vida dos meus pais em risco. Meus pais lutaram por cada metro quadrado dessa casa".

O EXTRA procurou a Plataforma Engenharia para obter um posicionamento sobre o caso, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.

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