POLÍTICA

Sabatina de Marluce Caldas na CCJ do Senado acontece nesta quarta-feira

Indicação ao STJ ocorre em meio a articulações políticas envolvendo líderes de Alagoas
Por Redação 12/08/2025 - 22:06
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Divulgação
Procuradora Marluce Caldas será avaliada pela CCJ
Procuradora Marluce Caldas será avaliada pela CCJ

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado realiza, nesta quarta-feira, 13, a sabatina da procuradora de Justiça de Alagoas, Maria Marluce Caldas Bezerra, indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar uma cadeira no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A sessão, marcada para as 9h, será dividida em três blocos e vai analisar indicações para tribunais, conselhos e agências reguladoras. No primeiro momento, Marluce responderá a perguntas dos senadores ao lado de outros indicados: Verônica Abdalla Sterman, para o Superior Tribunal Militar (STM); Carlos Augusto Pires Brandão, desembargador do TRF1 indicado também para o STJ; e Lorena Giuberti Coutinho, economista indicada à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

Marluce Caldas é formada em Direito pela Universidade Federal de Alagoas desde 1982. Ingressou no Ministério Público em 1986, atuando nas áreas criminal, cível, eleitoral, infância e juventude, direitos humanos, execução penal e patrimônio público. Foi promovida a procuradora de Justiça em 2021 e integra o Conselho Superior do Ministério Público de Alagoas.


Com a aprovação na CCJ e posterior aval do plenário do Senado, a nomeação de Marluce será assinada por Lula e publicada no Diário Oficial da União, garantindo-lhe o cargo vitalício no STJ e encerrando a possibilidade de mudanças no arranjo político envolvendo seu nome.

Bastidores da indicação

A sabatina desta quarta-feira marca um momento decisivo para um suposto acordo político que teria sido costurado em Brasília e em Alagoas ao longo de meses, envolvendo lideranças nacionais e locais. Segundo relatos de bastidores, a articulação contou com a participação do presidente Lula, da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, do presidente do PSB, João Campos, do prefeito de Maceió, JHC (PL), e do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB).

O pacto, segundo interlocutores, previa que JHC não disputaria nenhum cargo em 2026, apoiando Renan Filho para o governo de Alagoas. Em contrapartida, receberia apoio para a indicação de Marluce ao STJ. A negociação incluiria ainda o recuo do prefeito na disputa pelo Senado e um alinhamento para apoiar Arthur Lira (PP), com aval do senador Renan Calheiros (MDB).

As conversas teriam sido intermediadas pelo ex-deputado João Caldas, pai do prefeito, e abrangeriam até uma possível filiação de JHC ao PSB — decisão ainda não formalizada, já que ele também cogita assumir a presidência do União Brasil em Alagoas.

Mesmo com os termos definidos, aliados reconhecem que o prefeito ainda hesita diante da possibilidade de enfrentar Renan Filho nas urnas, avaliando os riscos de derrota. Políticos como o deputado estadual Marcelo Victor já teriam sido informados sobre o acordo, mas ponderam sobre sua durabilidade até as eleições de 2026.


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