INVESTIGAÇÃO
Ossada encontrada em São Miguel dos Milagres: veja o que se sabe até agora
Restos teriam sido expostos após a alta da maré, em área de restinga à beira-mar
Uma ossada humana em avançado estado de decomposição foi encontrada nessa terça-feira, 9, por moradores próximos à praia de Porto da Rua, em São Miguel dos Milagres. Os restos teriam sido expostos após a alta da maré, em área de restinga à beira-mar.
Início das investigações
A Polícia Científica confirmou que dará início às investigações e ao protocolo de identificação nesta quarta-feira, 10. A perícia foi conduzida pelo perito Everton Pinheiro, do Instituto de Criminalística de Maceió, que destacou a urgência na remoção da ossada devido à maré alta.
Análise inicial
Do crânio, apenas parte da arcada dentária foi recuperada. Devido à destruição dos tecidos moles, não foi possível identificar lesões que apontassem a causa da morte. O perito indicou que a identificação pode ser feita por meio de DNA.
Vestimentas encontradas
No local, foram recolhidas uma bermuda jeans da marca Original Premium e uma cueca vermelha da Calvin Klein. As peças sugerem que a vítima seja do sexo masculino e poderão auxiliar na identificação.
Exame no IML
Após a perícia, a ossada foi encaminhada ao Instituto Médico Legal Estácio de Lima para exame de antropologia forense. O médico-legista Luiz Mansur explicou que o estudo permitirá determinar sexo, idade aproximada, estatura e ancestralidade da vítima.
Possíveis métodos de identificação
Como apenas parte da arcada dentária foi preservada, a equipe avaliará exame odontolegal se houver documentação odontológica da vítima. Caso não haja, será coletado fragmento ósseo para análise de DNA.
Confronto genético
A perita Bárbara Fonseca informou que o material genético será inicialmente comparado ao DNA de familiares de quatro jovens desaparecidos na Costa dos Corais. Em caso de resultado negativo, o perfil será incluído no Banco Nacional de Perfis Genéticos.
Orientação à população
A Polícia Científica orienta familiares de desaparecidos que reconheçam as vestes a procurar delegacia para registrar boletim. Posteriormente, um parente de primeiro grau deverá fornecer material genético no IML para possibilitar o confronto de DNA.