LAVA JATO
PF intima Renan Filho a depor em inquérito que investiga Caixa 2 em campanha
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O governador de Alagoas Renan Filho (MDB) foi intimado, assim como o pai, o senador Renan Calheiros (MDB), a prestar esclarecimentos sobre supostos repasses de cerca de R$ 40 milhões da J&F a políticos do partido durante a campanha eleitoral de 2014.
A operação da Polícia Federal, que aconteceu na terça-feira, 5, atendeu às determinações do Ministro Edson Fachin, que assinou as ordens judiciais e mirou autoridades com foro privilegiado em razão de uma investigação em curso perante o Supremo Tribunal Federal (STF).
Também foram intimados os senadores Eduardo Braga, Jader Barbalho e Dário Berger; o governador do Pará Hélder Barbalho; os ex-senadores Eunício Oliveira e Valdir Raupp; o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo; os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff; e os ex-ministros Edinho Silva e Guido Mantega.
A delação do ex-executivo da J&F, Ricardo Saud, é base para o inquérito aberto pelo ministro Edson Fachin. A Procuradoria Geral da República apontou o senador Renan Calheiros entre os alvos da investigação, porque Saud cita Renan como receptor de R$ 9,9 milhões do montante de R$ 43 milhões em suposta propina.
Dentro do enredo que será investigado pela PGR, o delator também acusa Renan de usar R$ 1 milhão para sua campanha de reeleição ao Senado e para eleger o então deputado federal Renan Filho ao Governo de Alagoas, em 2014.
Ao EXTRA, a assessoria de comunicação de Renan Filho informou que "todas as doações para a campanha eleitoral do governador, em 2014, foram feitas conforme a lei e tiveram prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral".