PAGAMENTO DE PROPINA
STF prorroga por mais 60 dias inquérito que investiga Renan Calheiros
Pedido foi atendido pela ministra Rosa Weber por solicitação da PF
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu na terça-feira, 29, pedidos da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR) e estendeu por mais 60 dias um inquérito que tem entre os investigados o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia.
A apuração da PF mira suposto pagamento de propina a Renan por meio do lobista Milton Lyra em troca de benefícios empresários nos textos de duas medidas provisórias, que tramitaram no Senado enquanto o emedebista presidiu a Casa.
Estão sob a investigação as MPs 595, conhecida como MP dos Portos, que estabeleceu o novo marco regulatório do setor, e 612, que desonerou a folha de pagamento a quatorze setores da economia e alterou a contribuição patronal do INSS. Os dois textos tramitaram no Senado em 2013.
O inquérito apurou até agora que a Credpag Consultoria, de Lyra, recebeu 733.003 reais da Multi Sts Participações, do empresário Richard Klien, dono da Multiterminais, em maio de 2014.
Segundo os investigadores, a empresa “foi utilizada por diversas vezes” por Milton Lyra para “recebimento e movimentação de recursos de origem ilícita”. E-mails encontrados pela PF mostram relação próxima entre o empresário e o lobista e mensagens nas quais Klien cita Renan ou combina com Lyra uma doação de 200.000 reais ao Diretório Nacional do PMDB em 2012.
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