PAGAMENTO DE PROPINA

STF prorroga por mais 60 dias inquérito que investiga Renan Calheiros

Pedido foi atendido pela ministra Rosa Weber por solicitação da PF
Por Bruno Fernandes com agências 02/07/2021 - 16:06
Atualização: 02/07/2021 - 16:22
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Agência Senado
Renan Calheiros na CPI da Covid
Renan Calheiros na CPI da Covid

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu na terça-feira, 29, pedidos da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR) e estendeu por mais 60 dias um inquérito que tem entre os investigados o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia.

A apuração da PF mira suposto pagamento de propina a Renan por meio do lobista Milton Lyra em troca de benefícios empresários nos textos de duas medidas provisórias, que tramitaram no Senado enquanto o emedebista presidiu a Casa.

Estão sob a investigação as MPs 595, conhecida como MP dos Portos, que estabeleceu o novo marco regulatório do setor, e 612, que desonerou a folha de pagamento a quatorze setores da economia e alterou a contribuição patronal do INSS. Os dois textos tramitaram no Senado em 2013.

O inquérito apurou até agora que a Credpag Consultoria, de Lyra, recebeu 733.003 reais da Multi Sts Participações, do empresário Richard Klien, dono da Multiterminais, em maio de 2014.

Segundo os investigadores, a empresa “foi utilizada por diversas vezes” por Milton Lyra para “recebimento e movimentação de recursos de origem ilícita”. E-mails encontrados pela PF mostram relação próxima entre o empresário e o lobista e mensagens nas quais Klien cita Renan ou combina com Lyra uma doação de 200.000 reais ao Diretório Nacional do PMDB em 2012.

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