Bolsonaro conserva em canal do YouTube entrevista onde diz que praticaria canibalismo

Em entrevista ao The New York Times, em 2016, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que então ocupava cargo de deputado federal, afirmou ao jornal americano que quase realizou um ato de canibalismo. Ele disse que só não comeu carne humana de um indígena em Surucucus, na cidade de Alto Alegre, em Roraima, porque ninguém da comitiva quis ir com ele ao local onde aconteceria o canibalismo.

A afirmação está no canal do YouTube do presidente e virou destaque na mídia. “Morreu o índio e eles estão cozinhando, eles cozinham o índio, é a cultura deles. Cozinha por dois, três dias e come com banana. Daí eu queria ver o índio sendo cozinhado, e um cara falou, ‘se for ver, tem que comer’, daí eu disse, eu como! E ninguém quis ir, porque tinha que comer o índio, então eles não me queriam levar sozinho, e não fui”, disse Bolsonaro na entrevista bizarra.

No Brasil, não há um tipo penal com o nome de “canibalismo” ou “antropofagia”. O fato pode ser enquadrado no artigo 211 do Código Penal: “Destruição, subtração ou ocultação de cadáver”.

Além de falar sobre canibalismo, Bolsonaro fala ao repórter sobre uma viagem que fez ao Haiti e disse que viu “mulheres oferecendo sexo”, mas que se negou a ter relações com elas por falta de higiene e porque “não precisou”. 

O trecho da gravação foi publicado pelo roteirista e chargista Maurício Ricardo. Veja o momento em que Bolsonaro anuncia as duas performances: