Ex-esposa de Arthur Lira diz que corre risco de morte

Em uma entrevista exclusiva concedida na noite de terça-feira, 6, ao ICL Notícias, Jullyene Lins, ex-esposa de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, trouxe à tona graves acusações contra o político. Segundo ela, foi vítima de agressões físicas e enfrenta constantemente o temor de sofrer um "acidente" ou um "assalto". Lins revelou detalhes perturbadores sobre a relação abusiva e a necessidade de se manter em constante deslocamento para garantir sua segurança.

"Ele me ameaçou, inclusive, e disse que onde não há corpo, não há crime", declarou Lins, ressaltando os momentos de tensão vividos ao lado de Lira. "Ele tenta me silenciar de várias formas e é por isso que eu tenho essa necessidade de estar sempre indo de um local para outro que seja seguro. Eu não fico mais em Maceió porque eu não posso caminhar na praia, porque eu tenho medo", desabafou.

A ex-esposa também revelou a preocupante estratégia que seu ex-marido supostamente utiliza para ameaçá-la sem deixar rastros: "Não é pegar, é mandar, tipo: 'ah, foi um assalto, ah, foi uma batida de trânsito', como a gente lê diariamente nos jornais. 'Não, eu não tenho nada a ver com isso'. Entenda, eu corro risco iminente de vida sim, eu sei muita coisa, eu sei o que eu sei e ele sabe o que eu sei".

Jullyene Lins confirmou a existência das agressões perpetradas por Arthur Lira, ressaltando a pressão psicológica que sofreu para negar tais episódios. "A agressão existiu sim, eu fui obrigada, coagida a dizer que não tinha ocorrido, e é uma coisa que realmente me machuca muito. É muito difícil, me desculpem, mas muito difícil falar sobre aquela noite, porque existe Jullyene antes daquela noite e após aquela noite", desabafou Lins, evidenciando o impacto profundo que as agressões tiveram em sua vida.

Ela afirmou que foi forçada a alterar seu testemunho, sofrendo com a descredibilização e o descrédito resultantes dessa manipulação. Determinada a resgatar seu nome e sua dignidade, Lins declarou: "Hoje estou resgatando o meu nome, a minha dignidade que ele queria me tirar, e ele não vai me tirar. Porque, como ele disse, o prazer dele seria me ver morando debaixo de uma ponte, que era o que eu merecia", concluiu, demonstrando coragem e determinação diante de uma situação tão delicada e angustiante.

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