A Polícia Federal deu início à Operação Lucas 12:2 nesta sexta-feira, visando esclarecer as atividades de uma associação criminosa formada com a finalidade de cometer crimes de peculato e lavagem de dinheiro. A operação resulta em quatro mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos em diferentes localidades: dois em Brasília, um em São Paulo e um em Niterói.
Entre os alvos das buscas encontra-se o general Lourena Cid, pai de Mauro Cid, e o advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef. Também estão sob investigação Mauro Cid e Osmar Crivelatti, ambos ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro. Segundo a PF, os suspeitos estão sendo investigados pela suposta utilização da estrutura estatal brasileira para desviar bens de alto valor patrimonial, que foram entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro. Estes itens teriam sido vendidos no exterior, e os recursos oriundos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie, passando para o patrimônio pessoal dos investigados.
A ação foi executada por meio de intermediários e sem a utilização do sistema bancário convencional, com o propósito de ocultar a origem, localização e posse dos valores adquiridos. Os delitos investigados possivelmente caracterizam crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Essa operação está inserida no contexto do inquérito que investiga a atuação das chamadas "milícias digitais", conduzido pelo Supremo Tribunal Federal.
O nome da operação, Lucas 12:2, faz referência ao versículo 12:2 da Bíblia, que enfatiza: "Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido".
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