POLÍTICA

Governo consulta TCU para não aplicar regra de investimento em saúde em 2023

Revogação do teto de gastos abriu caminho para despesas de R$ 20 bilhões com saúde já em 2023
Por Com Agências 30/09/2023 - 04:10
A- A+
© Antonio Cruz/Agência Brasil
Palácio do Planalto
Palácio do Planalto

O Ministério da Fazenda enviou na quinta-feira, 28, uma consulta ao Tribunal de Contas da União (TCU) para deixar de aplicar, em 2023, o valor mínimo constitucional de investimento em saúde e educação.

O novo arcabouço fiscal, que substituiu o teto de gastos, estabelece a reintrodução do mínimo obrigatório para despesas relacionadas à saúde e à educação. Sob esse novo sistema, o governo está obrigado a alocar 15% da sua receita corrente líquida para o setor de saúde e 18% da receita proveniente de impostos para a área da educação.

Atualmente, existe financiamento adequado para cumprir o mínimo exigido na área da educação no presente ano. Entretanto, em relação à saúde, seria necessário desembolsar um montante adicional de R$ 20 bilhões.

O Ministério está conduzindo uma consulta pública para avaliar se a aplicação do mínimo constitucional deveria entrar em vigor já em 2023. O arcabouço legal que estabelece essas diretrizes foi aprovado pelo Congresso em agosto. O governo está buscando opiniões sobre se a obrigatoriedade do mínimo não deveria ser postergada até 2024.

Conforme o parecer enviado ao TCU, a consulta se refere à "retroatividade de normas que, no curso do exercício financeiro, majorem os valores mínimos a serem aplicados pela União em determinadas ações e serviços públicos".

Publicidade


Encontrou algum erro? Entre em contato