"O discurso de Sergio Massa após a votação do primeiro turno na Argentina concentrou-se em Javier Milei, embora o adversário não tenha sido explicitamente mencionado. A ênfase de Massa durante seu discurso foi a comparação entre suas propostas peronistas e as propostas ultraliberais de Milei, que até a manhã deste domingo eram as favoritas para a eleição.
Em várias ocasiões, Massa também fez referência a declarações anteriores de Milei que, embora tenham contribuído para a popularidade do adversário, também foram usadas por oponentes para apontar sua posição radical.
"Estou convencido de que este não é um país ruim, como alguns afirmam, mas sim uma grande nação", disse Massa, relembrando uma fala anterior de Milei em que ele aconselhava jovens a deixarem o país se pudessem.
O atual ministro da Economia adotou um tom conciliador, fazendo um apelo aos eleitores que votaram em branco ou em outros candidatos e que compartilham valores como a educação pública e a independência dos Poderes. Ele propôs a formação de um governo de unidade nacional para construir uma indústria argentina forte, em contraste com aqueles que defendem a abertura indiscriminada das importações. Massa também expressou o desejo de fortalecer a educação pública, gratuita, de qualidade e inclusiva, em oposição à ideia de vouchers para educação.
Com uma diferença de cerca de 6 pontos percentuais, Massa saiu na frente de Milei no primeiro turno da disputa presidencial, que terá um segundo turno em 19 de novembro. A liderança surpreendente de Milei nas primárias foi revertida a favor do peronista no primeiro turno, fortalecendo a posição de Massa para a segunda rodada.
No entanto, há o risco de que a terceira colocada, Patricia Bullrich, com cerca de 23,8% dos votos, possa se aliar a Milei no segundo turno, como indicado pelo próprio candidato ultraliberal após a consolidação dos resultados.
Massa concluiu seu discurso com um apelo à unidade, afirmando que, no dia 19 de novembro, os argentinos terão que decidir se constroem um país que acolhe a todos ou se adotam uma mentalidade de "salve-se quem puder".
O ministro da Economia recentemente mudou seu discurso, focando mais na preocupação com o avanço da extrema direita no país e reforçando a narrativa peronista mais nacionalista, argumentando que Milei representaria uma ameaça à soberania argentina com suas propostas, como a eliminação do peso argentino, por exemplo. Essa mudança ocorreu na reta final da campanha, após a colaboração de publicitários ligados ao Partido dos Trabalhadores na equipe de campanha do peronista."
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