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Genial/Quaest: Lula é aprovado por 52% e reprovado por 47%
Índice dos que veem melhora na economia recua de 66% para 36%A quinta rodada da pesquisa Genial/Quaest de 2024 mostra que, ao final do segundo ano de governo, o trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aprovado por 52% e reprovado por 47% do eleitorado, resultado estável em relação à pesquisa anterior, de outubro. Esta é a maior pesquisa realizada pela Quaest. Foram 8.598 entrevistas presenciais feitas com eleitores entre os dias 4 e 9 de dezembro, que abrangem, além da avaliação nacional, a avaliação do governo pelos eleitores de seis estados: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Bahia e Pernambuco.
O principal destaque é a avaliação do pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil é aprovada por 75% dos eleitores. O índice de aprovação é superior a 70% entre os que votaram em Lula, em Bolsonaro e também entre os que votaram em branco, anularam ou se abstiveram. 61% dos entrevistados acreditam que serão beneficiados pela mudança, seja pessoalmente, seja através de alguém da família.
A pesquisa constata que apenas 38% dos entrevistados já sabiam da parte do pacote relativa ao ajuste de gastos. Os demais 62% foram informados no momento da entrevista. Entre os que conheciam as medidas, 68% avaliam que elas não serão suficientes para melhorar as contas do governo.
Avaliação de governo: Na avaliação geral do governo Lula, as opiniões estão divididas: 33% têm avaliação positiva, 31% negativa e 34% consideram a administração regular. Em relação aos dois mandatos anteriores, essa é a pior avaliação: em 2004, o governo Lula tinha 41% de avaliação positiva e em 2008, 73%.
A região Nordeste continua sendo a maior base de apoio regional do presidente, com 67% de aprovação. A popularidade de Lula é sustentada pelos eleitores que ganham até 2 salários mínimos (63%). entre os eleitores pretos (59%) e entre os que tem mais de 65 anos (57%). A maior desaprovação vem dos que ganham mais de 5 salários mínimos (59%), evangélicos (56%) e moradores do Sudeste (55%).
Estados – Entre os seis estados cujos eleitores foram ouvidos nesta rodada, as maiores variações em relação à pesquisa mais recente, feita em abril, aconteceram em Pernambuco, onde a aprovação do trabalho do presidente Lula recuou de 73% para 65% e a desaprovação avançou de 27% para 33%; em São Paulo, com avanço de 48% para 55% na desaprovação e queda de 50% para 43% na aprovação; e em Goiás, também com grande aumento da desaprovação e recuo na aprovação.
Economia – A alta do dólar preocupa: 72% dizem que a subida terá impacto em suas vidas sobre preço de alimentos e combustíveis. Essa avaliação é semelhante em todas as faixas de renda, assim como a de que os preços de alimentos e combustíveis vão subir. 84% têm essa opinião.
O emprego, por outro lado, é motivo de otimismo. 43% dizem que está mais fácil conseguir trabalho hoje do que há um ano, contra 26% em outubro. Para 45% o emprego está mais difícil. Essa variável pode ter influenciado a expectativa para a economia nos próximos 12 meses: 51% acreditam que a situação vai melhorar(45% em outubro) e 28% que vai piorar (36% em outubro).
O país está na direção errada para 46% dos eleitores e correta para 43%. Para 40% a economia nos últimos 12 meses piorou, melhorou para 27% e ficou igual para 30%. Entre os eleitores de Lula, no entanto, houve uma forte queda na percepção de melhora – de 66% para 36%, enquanto os que apontam piora subiram de 8% para 32%. Para 29% a situação permaneceu igual.
A margem de erro estimada da pesquisa é de 1 ponto percentual para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%. As margens de erro dos grupos sociodemográficos estão informadas na página 5 do relatório.