RIO LARGO

Câmara pede cabeça de GG; prefeito supera 1ª crise com ex-gestor

Gonçalves queria indicar os presidentes das comissões da Câmara, mas foi barrado pelos vereadores
Por Redação 06/02/2025 - 08:07
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Assessoria
O ex-prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves
O ex-prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves

O prefeito de Rio Largo, Pedro Carlos - eleito como Carlos Gonçalves - enfrentou esta semana a primeira crise gerada pela ingerência do ex-prefeito Gilberto Gonçalves na gestão municipal. Atualmente GG ocupa o cargo de supersecretário de governo – cargo criado por ele próprio no apagar das luzes de sua gestão – e age com se fosse prefeito, com intromissão em todas as áreas da administração do município.

Gilberto Gonçalves queria indicar os presidentes das comissões permanentes da Câmara, mas foi barrado pela unanimidade dos 13 vereadores; 5 da oposição e 8 aliados do prefeito Pedro Carlos. Indignado, GG exonerou todos os servidores indicados pelos vereadores, que se rebelaram e exigiram a demissão do supersecretário. Encurralado, o prefeito avalizou a decisão dos vereadores, forçando GG a recuar de sua ingerência na Câmara.

Ao sentir o golpe, GG pediu desculpas aos vereadores e anulou as demissões dos servidores indicados pela bancada governista na Câmara. Ouvido pelo jornal Extra, o prefeito Pedro Carlos tentou amenizar o clima tenso do arranca-rabo e disse que o ex-prefeito continua na sua equipe de governo, com 50 cargos à disposição e salário de R$ 20 mil por mês.

O que GG queria

Desde seu primeiro mandato de prefeito, Gilberto Gonçalves declarou guerra aos donos da usina Utinga Leão e demais proprietários de áreas rurais do município para transformar as fazendas em áreas urbanas com o objetivo de cobrar o IPTU dessas terras agrícolas.

No segundo mandato, GG mandou para a Câmara um projeto nesse sentido, mas os vereadores não o aprovaram, o que gerou um ambiente de tensão entre Câmara e prefeitura. À época, Gonçalves acusou os vereadores de receberem “propina” dos fazendeiros.

Agora, investido no cargo de supersecretário de governo, GG tentou forçar a indicação do presidente da CCJ – Comissão de Constituição e Justiça – para pressionar pela aprovação de seu projeto de taxar as terras agrícolas.

Fontes ligadas aos fazendeiros informaram ao jornal Extra que por trás do argumento de aumentar a receita do município via IPTU está o interesse maior do ex-prefeito em dificultar a vida dos proprietários rurais para depois adquirir suas terras a preço de conveniência.


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