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Prefeito de Rio Largo contesta carta de renúncia: "Ideologicamente falsa"

Carlos Gonçalves admite gratidão a GG, mas nega ter assinado carta após assumir o cargo
Por Redação 07/04/2025 - 06:49
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Divulgação
O prefeito de Rio Largo, Carlos Gonçalves
O prefeito de Rio Largo, Carlos Gonçalves

Em meio à instabilidade política que sacode o município de Rio Largo nos últimos dias, o prefeito Carlos Gonçalves tenta adotar um tom conciliador. Em conversa com o jornalista Ricardo Mota, conforme publicado em seu blog, o gestor municipal afirmou que seu foco é “pacificar os ânimos” e priorizar a retomada do crescimento local, apesar da pressão política e dos escândalos que atingem sua administração.

"Minha maior preocupação é com o município de Rio Largo, que precisa crescer", afirmou. Carlos Gonçalves evitou comentar o rompimento recente com seu padrinho político, o ex-prefeito Gilberto Gonçalves, mas reconheceu publicamente sua importância no processo eleitoral. “Tenho muita gratidão por ele, até porque cheguei à prefeitura graças à sua ajuda. Reconheço o grande trabalho que ele fez no município e sou uma pessoa grata, que cumpre os compromissos assumidos.”

A polêmica mais recente envolve uma carta de renúncia atribuída ao prefeito e lida na Câmara de Vereadores. Carlos Gonçalves nega ter assinado o documento após assumir o cargo e afirma que ele não reflete sua vontade. “Ela é ideologicamente falsa, porque eu não assinei nenhuma carta desde janeiro”, declarou. Questionado sobre a autenticidade da assinatura, afirmou: “Pelo que pude ver, a assinatura bate com a minha anterior, mas não com a assinatura de agora.”

Pressionado sobre se teria assinado o documento antes da eleição, o prefeito evitou dar detalhes, mas revelou que, 15 dias antes da leitura da carta no plenário da Câmara, procurou o Ministério Público Estadual e outras instituições para alertar que o documento poderia vir a público, embora essa não fosse sua intenção.

Sobre a existência de uma suposta gravação que poderia comprometer adversários políticos, Carlos foi categórico: “Ela não existe da minha parte. Eu estive na casa do presidente da Câmara um dia antes da leitura da carta, mas não fiz nenhuma gravação. Se ela existe, a outra parte é quem fez.”


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