A disputa interna petista em Alagoas tem gerado tensões, especialmente em torno da possível candidatura ao Senado do deputado federal Paulão (PT). A pré-candidatura tem provocado desconforto dentro do partido e levantado preocupações estratégicas entre os aliados. A principal preocupação entre os quadros do PT é que, ao insistir nesse caminho, o partido possa acabar sem representação federal no estado.

De acordo com pesquisas internas solicitadas pela própria sigla, o nome de Paulão não tem gerado entusiasmo entre os eleitores. Em um cenário eleitoral competitivo, com lideranças consolidadas como Renan Calheiros, Arthur Lira e Davi Davino, o petista ocupa a sexta posição, ficando atrás até de adversários considerados pouco expressivos.

As pesquisas internas indicam que a continuidade da pré-candidatura ao Senado pode gerar efeitos negativos para o PT. Com poucas chances de vitória, Paulão pode não apenas comprometer sua reeleição à Câmara, mas também prejudicar a representação do partido. A perda de visibilidade política e, consequentemente, de recursos provenientes do fundo partidário, são outros pontos de preocupação.

Embora o deputado tenha um desempenho que o coloca à frente apenas da senadora Eudócia Caldas nas pesquisas, esse resultado acendeu um sinal de alerta na cúpula estadual do partido. Parte da liderança estadual e da bancada federal tem tentado convencê-lo a reconsiderar sua candidatura ao Senado e focar na reeleição à Câmara dos Deputados. O movimento interno para garantir a presença do PT na Câmara já está em andamento.