xadrez político

Cidadania e PSB avançam para formar federação até julho

Aliança entre os partidos é vista como estratégia para fortalecer candidaturas em 2026
Por Redação 21/05/2025 - 11:58
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Divulgação
O secretário nacional do Cidadania, Régis Cavalcante
O secretário nacional do Cidadania, Régis Cavalcante

As negociações entre o Cidadania e o Partido Socialista Brasileiro (PSB) para a formação de uma federação partidária estão em estágio avançado e podem ser formalizadas até julho de 2025. A articulação ocorre em nível nacional, com encontros frequentes entre os presidentes das siglas, Comte Bittencourt (Cidadania) e Carlos Siqueira (PSB). Apesar dos avanços políticos, ainda há entraves legais a serem superados, especialmente o fato de o Cidadania integrar uma federação vigente com o PSDB até abril de 2026.

A união entre os dois partidos é vista como estratégica. O Cidadania busca a nova aliança como forma de superar a cláusula de barreira eleitoral, que exige desempenho mínimo em ao menos nove estados. Já o PSB pretende ampliar sua base política com foco no fortalecimento da liderança nacional de João Campos, atual prefeito do Recife e cotado para assumir o comando da legenda. Caso se concretize, a federação somaria 19 deputados federais e ocuparia a oitava colocação entre os blocos com maior acesso a recursos e tempo de propaganda eleitoral.

Em Alagoas, o cenário é de cautela. Embora o Cidadania tenha demonstrado autonomia em relação às decisões nacionais, há indicativos de alinhamento progressivo. O secretário nacional do partido, Régis Cavalcante, figura influente no estado, participou recentemente de reuniões em Brasília com o PSB e outras siglas de centro-esquerda, como PDT e Rede, para debater a formação de uma frente ampla para 2026. Segundo ele, mais de 14 diretórios estaduais já apoiam a federação com o PSB. 

A direção do Cidadania em Alagoas, liderada por Juca Carvalho, também mantém diálogo com outras legendas do campo progressista, incluindo PT e PV. No entanto, a federação com o PSB é apontada como a alternativa mais viável para garantir a sobrevivência eleitoral da legenda, diante das exigências da legislação vigente. Apesar dos avanços, lideranças do Cidadania reconhecem que há resistências internas motivadas pela experiência considerada frustrante da federação anterior com o PSDB, que teria reduzido a representatividade do partido em alguns estados. A decisão final, portanto, deve levar em conta as discussões nas instâncias locais.


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