CONGRESSO NACIONAL
Faixa na Ufal critica Arthur Lira e pede permanência de Glauber Braga
Deputado é alvo de um pedido de cassação; ele acusa o alagoano de estar por trás da "trama"
Uma faixa com os dizeres “Glauber fica, Fora Lira!” foi colocada na passarela da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), na Avenida Durval de Góes Monteiro, em Maceió, na manhã desta segunda-feira, 9. A mensagem expressa apoio ao deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) e repúdio a Arthur Lira (PP-AL).
A manifestação ocorre enquanto tramita o processo de cassação de Glauber, aprovado em abril pelo Conselho de Ética da Câmara. O deputado recorreu à CCJ e aguarda decisão do plenário. O caso teve início após ele expulsar um militante do MBL da Casa.
Glauber afirma que a cassação é uma retaliação articulada por Arthur Lira, após denúncias sobre o orçamento secreto. A esquerda acusa Lira de interferência política no processo. O ex-presidente da Câmara nega envolvimento nas decisões do Conselho de Ética.
O parlamentar do PSOL também prestou depoimento à Polícia Federal, em inquérito sobre desvios envolvendo R$ 4,2 bilhões em emendas. Na ocasião, Glauber chamou Lira de “bandido” e disse que a investigação tem relação direta com o caso das emendas.
Entanda o caso
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) é alvo de um pedido de cassação na Câmara dos Deputados. Para Glauber, o que está por trás da ação contra o mandato é seu enfrentamento às emendas parlamentares, que passaram a movimentar mais recursos durante a presidência de Arthur Lira (PP-AL) na Câmara.
“Se falar com qualquer deputado da Câmara, vão dizer que é ele que está tocando isso. O Arthur Lira, ex-presidente da Câmara que já em 2022 dise que ficaria muito feliz quando eu não mais eu estivesse naquele plenário”, disse Braga em entrevista ao Plural, durante visita a Curitiba no dia 14 de maio.
O pedido de cassação foi protocolado pelo Partido Novo, por quebra de decoro parlamentar. Em abril do ano passado, Braga expulsou da Câmara o militante do MBL (Movimento Brasil Livre) Daniel Costenaro. Era a sétima vez que Costenaro procurava o parlamentar para fazer provocações e registrar sua reação em vídeo. Naquele dia, o ativista do MBL ofendeu a mãe de Glauber Barga, que sofria de Alzheimer e morreu dias depois.