O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma sessão especial no Senado nesta quinta-feira, 17, em homenagem ao pastor Gedelti Gueiros, fundador da Igreja Cristã Maranata. A solenidade foi conduzida pelo senador Magno Malta (PL-ES), autor do requerimento para a homenagem.

Bolsonaro declarou na tribuna que "acredita em Deus", pediu orações ao público presente e se emocionou ao fazer um discurso em tom religioso e político. Para ele, o Brasil está próximo de se tornar “a terra prometida do Ocidente”, mas enfrenta obstáculos.

“Falta quase nada, mas alguns poucos nos atrapalham”, afirmou o ex-presidente, sem citar nomes. 

Durante a fala, Bolsonaro também criticou “pessoas poderosas” e afirmou que quando elas se conscientizarem de que “um dia vão embora”, o país mudará.

“Peço orações a vocês. Muitas vezes o óbvio está na nossa frente. Quando essas pessoas enxergarem isso, as coisas vão mudar”.

Críticas ao governo e citação a Trump

Mais cedo, Bolsonaro esteve no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), onde se reuniu com aliados. Na conversa, voltou a criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e comentou sobre a ação penal em que é réu por tentativa de golpe de Estado.

Ele também se ofereceu para intermediar uma negociação com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tentar conter um possível aumento tarifário: “Se o Lula me der meu passaporte, eu negocio com o Trump”, disse.

Desde 2023, Bolsonaro está com o passaporte retido por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Qualquer autorização para viagens ao exterior depende da Corte, não do presidente da República.

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