A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, uma das principais promessas do governo Lula para 2025, abriu espaço para uma disputa política entre dois principais políticos de Alagoas: o senador Renan Calheiros (MDB) e o deputado Arthur Lira (PP). Apesar de os textos serem quase idênticos, há diferenças importantes. 

O que os dois projetos têm em comum?

Tanto o relatório de Renan quanto o de Lira isentam totalmente do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês. 

Além disso, criam uma taxa extra para os super-ricos: quem recebe acima de R$ 600 mil por ano pagará alíquota progressiva, que chega a 10% para rendas anuais acima de R$ 1,2 milhão.

Qual é a principal diferença entre os dois textos?

A mudança está na faixa de renda logo acima da isenção.

O projeto de Renan estabelece uma tributação progressiva para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7 mil mensais.

Já o de Lira amplia esse teto para R$ 7.350 mensais, beneficiando um número maior de contribuintes nessa faixa.

Qual projeto deve ser votado primeiro?

O de Lira, que foi elaborado pelo Planalto e pode ser votado ainda hoje na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), já articulou uma sessão extraordinária para isso.

O de Renan será analisado nesta quarta-feira, 24, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Como tramita em caráter terminativo, pode seguir direto para a Câmara sem passar pelo plenário.