POLÍTICA INTERNACIONAL

Trump anuncia plano para Gaza com apoio de Israel e dá ultimato ao Hamas

Proposta prevê cessar-fogo imediato, libertação de reféns em 72 horas e reconstrução do território
Por Larissa Cristovão - Estagiaria sob supervisão 29/09/2025 - 21:15
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Molly Riley/Casa Branca/Fotos Públicas
O presidente Donald Trump
O presidente Donald Trump

Os Estados Unidos apresentaram nesta segunda-feira, 29, um plano para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta, anunciada pelo presidente Donald Trump na Casa Branca, foi endossada pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e prevê medidas de desmilitarização, reconstrução e criação de um futuro Estado palestino.

O plano estabelece que o Hamas terá 72 horas para libertar todos os reféns israelenses mantidos em Gaza, após a aceitação de Israel. Caso o grupo rejeite os termos, Trump afirmou que os EUA apoiarão ofensivas militares de Israel para eliminar a organização.

“Se o Hamas rejeitar o plano, ou se fingir aceitá-lo e agir contra ele, Israel concluirá o trabalho por conta própria”, declarou Netanyahu ao lado de Trump.

Principais pontos da proposta americana:

- Fim imediato da guerra e troca de reféns e prisioneiros
O cessar-fogo ocorreria logo após a aceitação do plano. O Hamas deveria devolver os reféns em até 72 horas, enquanto Israel libertaria prisioneiros. Também haveria troca de restos mortais.

- Ajuda humanitária e reconstrução
Entrada imediata de alimentos, água, energia e insumos hospitalares, além de maquinário para limpeza de escombros. A distribuição seria feita pela ONU, Crescente Vermelho e entidades neutras.

- Nova governança em Gaza
O território passaria a ser administrado por um comitê palestino tecnocrático, supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Trump e que pode contar com a participação do ex-premiê britânico Tony Blair. Não está definido se Israel integrará o órgão.

- Desmilitarização e anistia ao Hamas
Estruturas militares e túneis seriam destruídos sob monitoramento internacional. Integrantes do Hamas poderiam entregar armas em troca de anistia ou optar por deixar Gaza com passagem segura.

- Segurança internacional e futuro político
Uma Força Internacional de Estabilização treinaria a polícia palestina. Israel faria retirada gradual do território, mantendo apenas um perímetro de segurança temporário. O plano prevê caminho para autodeterminação palestina.

Atualmente, Israel controla parte da Faixa de Gaza com operações terrestres, enquanto o enclave segue sob influência política e militar do Hamas.

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