Extradição
Ministério Público italiano apoia extradição de Carla Zambelli ao Brasil
Deputada está presa em Roma desde julho; decisão final caberá ao governo da Itália
O Ministério Público da Itália emitiu parecer favorável à extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para o Brasil, segundo informou nesta quarta-feira, 22, a Advocacia-Geral da União (AGU).
Zambelli está presa cautelarmente em Roma desde 29 de julho, por decisão da Justiça italiana, que considerou haver “grave risco de fuga”. O parecer do MP será agora analisado pelo Judiciário do país, e a decisão final caberá ao Ministério da Justiça da Itália.
A parlamentar foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por ordenar uma invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Antes que a condenação se tornasse definitiva, ela fugiu para a Itália, sendo incluída na difusão vermelha da Interpol.
Em julho, Zambelli foi presa em um apartamento nos arredores de Roma e transferida para a penitenciária feminina de Rebibbia, onde segue detida enquanto aguarda o processo de extradição.
O governo brasileiro enviou o pedido de extradição em junho, incluindo também uma segunda condenação imposta pelo STF em agosto, de cinco anos e três meses de prisão por porte ilegal e constrangimento com arma de fogo.
Defesa critica divulgação
A defesa da deputada afirmou que o parecer do Ministério Público “não surpreende” e faz parte do procedimento normal do caso. O advogado Fábio Pagnozzi, que representa Zambelli, criticou o fato de a AGU ter divulgado informações antes que a defesa tivesse acesso aos documentos. "A defesa não tem acesso a essas documentações. Como essas documentações saíram de dentro de uma corte na Itália e chegaram em mãos da AGU? E a AGU publicou sem a defesa conseguir ao menos ver", afirmou o advogado.
Zambelli passou por três audiências de custódia, mas teve os pedidos de liberdade provisória e prisão domiciliar negados pela Corte de Apelação de Roma, que reforçou o risco de fuga.
Na semana passada, sua defesa recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos alegando que a penitenciária não oferece tratamento médico adequado. O pedido foi apoiado por senadores aliados, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Damares Alves (Republicanos-DF), Magno Malta (PL-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE).
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