A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ocorrida na manhã deste sábado, 22 de novembro, chamou atenção não apenas pelo impacto político e jurídico do caso, mas também por uma coincidência simbólica: a detenção se deu exatamente no dia 22, número que identifica o Partido Liberal (PL), sigla pela qual Bolsonaro disputou a Presidência em 2022 e à qual permanece filiado.

O PL, cujo número eleitoral é 22, transformou o algarismo em marca de campanha e identidade política de Bolsonaro e de seus aliados — frequentemente repetido em materiais publicitários, slogans e mobilizações. 

Bolsonaro foi detido após decisão do ministro Alexandre de Moraes, motivada pelo risco de fuga e pelo potencial de desordem pública causado pela convocação de uma vigília organizada por Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar. A Polícia Federal avaliou que a aglomeração poderia comprometer o cumprimento de medidas judiciais e gerar tumulto semelhante ao observado em 2022, antes dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Bolsonaro permanece detido em uma sala especial na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, enquanto a Primeira Turma do STF se prepara para analisar, na segunda-feira (24), o referendo da decisão que autorizou a prisão preventiva.