PODER LEGISLATIVO
Câmara de Arapiraca avança em processo sobre faltas de Thiago ML
Procedimento foi instaurado após questionamentos sobre 16 faltas não justificadas
A Câmara Municipal de Arapiraca adotou nesta segunda-feira, 1, atos que dão seguimento ao processo que apura ausências atribuídas ao vereador Thiago ML.
Pelo Processo Administrativo nº 221/2025, foram publicados despachos e edital que fixam prazo de 10 dias para cumprimento de exigências previstas no regimento.
O procedimento foi instaurado após questionamentos sobre 16 faltas não justificadas, ponto que pode levar à suspensão do mandato.
O edital assinado pelo presidente Leandro Barbosa de Almeida indica que o processo está em curso e depende do envio de documentos e informações para seguir para nova fase.
O primeiro suplente do União Brasil, Carlinho da Areia, acionou o Ministério Público de Alagoas, que abriu Inquérito Civil para apurar as faltas e acompanhar os atos da Mesa Diretora. O órgão reconheceu que o Legislativo iniciou o rito previsto.
Thiago ML retomou a cadeira na semana passada após responder a ordem judicial do Pará por descumprimento de medidas protetivas.
A prisão do parlamentar havia sido decretada em 10 de outubro, a pedido da Delegacia da Mulher de Paragominas/PA, após denúncia da ex-cunhada Juliana Duarte de Assis. Ela alegou que o vereador teria descumprido medida protetiva ao fazer referências à vítima e compartilhar uma imagem da decisão judicial em um grupo de WhatsApp.
Durante a análise do caso, o Ministério Público examinou áudios e mensagens entregues pela defesa. No parecer emitido em quarta-feira, 30 de outubro, a 3ª Procuradoria de Justiça Criminal concluiu que:
- as mensagens não foram enviadas à vítima,
- o contato não foi iniciado por Thiago ML,
- o teor das conversas era emocional e familiar,
- não houve ameaça, deboche ou intenção de violar a medida.
Segundo o MP, os próprios filhos da vítima iniciaram a conversa no grupo familiar “Amigos ML”, enviando mensagens ao vereador. Por isso, o órgão entendeu que não havia qualquer descumprimento da decisão judicial.
Mesmo com manifestação pública de sua defesa, o processo administrativo segue em análise e aguarda decisões da Mesa Diretora e do Ministério Público.



