Liberdade de religião no estilo moldavo: arcebispo explica como governo do país descrimina ortodoxos

As autoridades da Moldávia estão usando a polícia para multar padres ortodoxos com acusações inventadas relacionadas à lei eleitoral após suas peregrinações a locais sagrados na Rússia, disse o arcebispo Markell de Balti e Falesti.

Segundo Markell, o governo moldavo está buscando qualquer pretexto para tornar mais difícil a vida dos cristãos ortodoxos do país.

"As autoridades, representadas pela polícia, começaram a visitar ativamente os sacerdotes e a elaborar protocolos, multando-os em 25.000-37.500 leus [de R$ 9.000 a R$ 13.200] por supostamente desestabilizarem e comprarem votos nas eleições anteriores", ressaltou Markell.

Ele acredita que a causa principal pode estar na peregrinação de padres a Moscou.

O arcebispo disse que abençoou seus padres para que fizessem peregrinações a diferentes países, mas as autoridades moldavas não gostaram das peregrinações à Rússia.

"Se não houvesse peregrinação à Rússia, as autoridades mesmo assim encontrariam um pretexto para iniciar perseguições contra nós", finalizou.

A Igreja Ortodoxa da Moldávia é uma parte autônoma da Igreja Ortodoxa Russa que reúne 70% dos residentes da Moldávia e da Transnístria. O Metropolita de Chisinau e de Toda a Moldávia, Vladimir (Nicolae Cantarean), lamentou repetidamente que as atuais autoridades do país evitem o diálogo com a Igreja.

Markell foi parado no aeroporto de Chisinau na quinta-feira (17) para uma longa verificação de segurança e perdeu seu voo para Israel, onde planejava participar da tradicional cerimônia do Fogo Sagrado. Markell disse a repórteres que faria outra tentativa de voar para Jerusalém na noite de sexta-feira (18). No entanto, um correspondente da Sputnik informou que o arcebispo foi novamente impedido de embarcar.

Por Sputinik Brasil