colunista

Roberto Baia

Formado em Jornalismo pela UFAL em 1987, também é radialista. Trabalhou nos extintos Jornal de Alagoas e Tribuna de Alagoas.

Conteúdo Opinativo

Festa cancelada

07/06/2025 - 06:01
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A Prefeitura de São Luís do Quitunde, sob a gestão da prefeita Márcia Cavalcante (MDB), anunciou na quarta-feira, 4, o cancelamento dos shows artísticos das festas juninas de 2025. A medida foi tomada com base no decreto que reconhece o município em situação de calamidade pública após as fortes chuvas de maio que deixaram cerca de dois mil desabrigados e desalojados. A decisão também segue recomendação do Ministério Público e visa priorizar o atendimento à população afetada.r

Em nota oficial, a administração municipal informou que a suspensão dos shows foi feita com responsabilidade, para permitir o redirecionamento de recursos para ações emergenciais. Apesar disso, a Prefeitura manterá algumas atividades culturais tradicionais, como os arraiás comunitários, o concurso de quadrilhas e o casamento matuto, preservando elementos da cultura local de forma adaptada à realidade atual.

Reconstrução do município

A Prefeitura reforçou o compromisso com a transparência e o cuidado com os moradores e pediu a compreensão da população diante da decisão. A gestão destacou que a prioridade, neste momento, é garantir apoio às famílias atingidas e atuar na reconstrução do município com responsabilidade e sensibilidade.

Reprodução simulada

A Polícia Civil de Alagoas vai realizar uma reprodução simulada para esclarecer a morte do adolescente Gabriel Lincoln, de 17 anos, ocorrida em 3 de maio após uma perseguição policial em Palmeira dos Índios. A família olicitou o procedimento, que será conduzido pelo Instituto de Criminalística, com o objetivo de esclarecer a dinâmica da ação que resultou no disparo fatal.

Abordagem policial

Os policiais envolvidos afirmam que Gabriel sacou uma arma e atirou durante a perseguição, e que um policial revidou, atingindo o jovem pelas costas, mas essa versão é contestada. A investigação também analisa imagens, depoimentos e exames periciais, que podem ter sido prejudicados, e o caso será encaminhado ao Ministério Público e à Justiça após a conclusão dos procedimentos.

Boa notícia

A Procuradoria-Geral do Município de Arapiraca (PGM), por meio do procurador Évio Barbosa, conseguiu, na Justiça, uma liminar que impede o fechamento da Maternidade Mãe Rainha, única unidade da região habilitada para realizar partos de risco habitual pelo SUS. A maternidade atende 17 municípios da 7ª Região de Saúde de Alagoas e conta com 40 leitos obstétricos, sendo administrada pelo Complexo Hospitalar Manoel André (CHAMA).

Decisão judicial

A decisão judicial obriga o hospital a manter os serviços em funcionamento e, caso já tenham sido suspensos, que sejam restabelecidos no prazo máximo de 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. Segundo a Justiça, a interrupção dos atendimentos colocaria em risco a vida de centenas de gestantes e violaria o direito fundamental à saúde da população.

Serviço essencial

O procurador Évio Barbosa destacou a rapidez e o empenho da PGM para garantir a continuidade deste serviço essencial à comunidade. A ação reforça o compromisso da Procuradoria com a defesa do interesse público e a proteção da saúde materno-infantil em Arapiraca e municípios vizinhos.

São Miguel dos Campos

A Prefeitura de São Miguel dos Campos anunciou o cancelamento do tradicional evento “São João é São Miguel” em 2025, alegando dificuldades financeiras e a necessidade de priorizar serviços essenciais. Diferente de São Luís do Quitunde, que está em estado de calamidade pública e manteve algumas atividades culturais adaptadas, São Miguel optou por não realizar o São João, decisão que gerou insatisfação entre moradores, comerciantes e representantes culturais.

Prejuízos financeiros

O São João é um dos maiores festejos juninos de Alagoas, movimentando a economia local e gerando empregos temporários, especialmente para trabalhadores informais e pequenos comerciantes. Com o cancelamento, muitos desses profissionais enfrentam prejuízos financeiros, já que investimentos para a festa foram feitos antecipadamente.

Falta de transparência

Além da frustração, a população afirma faltar transparência e diálogo por parte da gestão municipal, que, até o momento, não apresentou alternativas culturais ou uma versão reduzida do evento. Essa postura é vista por muitos como um retrocesso na valorização das tradições populares e da identidade cultural da cidade.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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