O grande perdedor? É você!
Qualquer estudante de economia sabe que o “remédio para curar a doença” do excesso de despesas do governo, passa longe de aumentos nos impostos, na carga tributária. Ainda mais no caso do governo brasileiro que cobra impostos como se estivéssemos na Dinamarca - um país com irretocável prestação de serviços gratuitos à sua população - mas entrega resultados pífios situados entre os piores do mundo segundo os mais importantes rankings globais das áreas de educação, saúde, segurança e segue. Estamos mais para Botsuana, um pequeno e atrasadíssimo país africano.
Ao longo desta duas últimas, mas principalmente nesta semana, o país assiste a luta feroz de um governo perdulário, tão ou mais irresponsável que o de Dilma, a primeira e única, insistindo, brigando, para aumentar a carga de impostos num país onde a boa parte das empresas está às portas da UTI e a população assiste à corrosão dos seus rendimentos “comidos” por uma inflação que eles não permitem baixar com sua gastança irrefreada, uma Selic superior a 15%, a terceira maior do mundo e uma propensão a gastar ainda maior, de olho nas próximas eleições.
Falar em racionalizar a gastança? nem pensar! Dar um basta na farra com que o judiciário nos “brinda”, dia sim, outro também ou enfrentar e resolver a criminosa indústria das emendas parlamentares com que suas excrescências legislativas (existem, claro, exceções, mas não passa de uns 5% dos” legisladores) se lambuzam na corrupção da cobrança de “taxas de liberação” dos recursos de até 50%, isso , nem se cogita!
O caminho para essa gente da esquerda, da direita, do centro, de baixo, de cima ou de lado (podem escolher como classificar esses tipos enganadores) quando chegam ao governo é mais impostos no lombo da classe média, que é quem de fato paga impostos neste país. Estão matando a galinha dos ovos de ouro...
Falar em reformas estruturantes, isso é blasfêmia. E haja remendões como o que se convenciou chamar de reformas trabalhista e previdenciária. O embuste da tributária sequer foi implementada. Começa a valer a partir de uns anos prá frente (quando se reunirão e mudarão tudo, jogando os prazos para as calendas). E a administrativa? Bom essa mexe no vespeiro dos interesses das elites do funcionalismo público e – de novo, anotem aí – só acontecerá de verdade, nunca!
Não é à toa que já estamos vivendo numa economia onde 2/3 ou ainda mais, gira na informalidade (não há estatísticas confiáveis para medir isso, como não são confiáveis as do atual IBGE para os dados formais fornecidos à Nação), já somos um dos países narcotraficantes mais importantes do mundo, até mais que Bolívia e Colômbia, a população está sitiada na maior parte das cidades brasileiras pelo crime organizado e a violência daí decorrente. Mas os governantes continuam exigindo brioches para se fartarem. Uma hora isso explode, e quem tem pescoço deve lembrar do exemplo de Maria Antonieta...
Não vamos ficar repetindo o que todos já sabem: O Brasil está no brejo fétido dos países mais violentos do mundo, dos mais desiguais do planeta, há tempo em semiestagflação (inflação + quase recessão). Os dados que o governo vende de aumentos seguidos do PIB são inflados, mentirosos (e a turma dos estados está seguindo pelo mesmo mal caminho, divulgando números irrealisticos, mentindo descaradamente para o povo e os eleitores) e vão explodir nas mãos do próximo governo, em 2027, anotem aí.
E quem paga o pato por essas coisas?
Não, não é a população, nem a classe média, termos genéricos demais para definir que é o grande perdedor nessa história: você.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA