Jornalista, escritor, colunista do Jornal Extra, Tribuna do Sertão e presidente do Instituto Cidadão.

Conteúdo Opinativo

O povo, o derrotado

04/10/2025 - 06:00
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A política deveria ser compreendida como ciência, instrumento nobre para organizar a vida em sociedade, equilibrar interesses e promover o bem comum. Porém, o que vemos é uma distorção dessa essência: políticos que, em vez de se apresentarem como estadistas, assumem o papel de vilões de uma narrativa trágica. O resultado é o mesmo para todos: descrédito, frustração e perda. Perde a nação, perde o povo, perde a própria ideia de democracia, transformada em palco de interesses menores. Quando a ciência da política se torna refém da maldade e da corrupção de seus agentes, o futuro coletivo é hipotecado, e todos nós, inevitavelmente, saímos derrotados.

TV Gazeta, uma escola


Ao completar 50 anos, a TV Gazeta celebra muito mais do que inovações tecnológicas. A emissora se tornou um verdadeiro pilar da comunicação alagoana, consolidando-se como um espaço de informação, cultura e serviço à população. Ao longo de meio século cumpriu um papel essencial: o de dar voz ao povo, informar com responsabilidade.

A TV Gazeta não é apenas um canal de televisão; é uma escola de talentos. Jornalistas que iniciaram suas carreiras aqui e ganharam projeção nacional, exemplificam o compromisso da emissora em fomentar valores éticos e jornalísticos.

Amigos demais


No Palácio do Planalto o burburinho é a incômoda permanência do controle de cargos federais estratégicos por parte do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, mesmo após seu partido anunciar o desembarque do governo. O entorno de Lula discorda, até porque o “cacife” já não é o mesmo. A turma do PT também não tem engolido os afagos exagerados ao alagoano.

Medida certa


O jurista e professor italiano Luigi Ferrajoli defendeu a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe. Ele foi citado diversas vezes como referência no voto do ministro do STF Luiz Fux, mas para absolver os envolvidos na trama golpista. Ferrajoli avaliou que a condenação do ex-presidente e de aliados revela “clara superioridade” do Brasil na defesa do Estado democrático de Direito.

Com o chapéu alheio


O deputado Isnaldo Bulhões (MDB) é econômico quando se trata em tirar do seu bolso, mas um perdulário em fazer cortesias com o chapéu alheio (no caso do povo). Como relator propôs, e claro que aprovou, que o imoral Fundo Eleitoral, terá pelo menos R$ 4,9 bilhões para 2026. Na justificativa, menciona que o projeto da LDO enviado pelo governo destina “apenas” R$ 1,13 bilhão para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha e diz que é preciso aumentar esse valor. A cara do político alagoano.

Esqueceram de mim


Arapiraca é um exemplo de desenvolvimento econômico e empresarial e com seu protagonismo lidera as regiões do Agreste e Sertão. No campo de políticas públicas, no entanto, deixa bastante a desejar. No município a precariedade de setores como Saúde, Educação e Assistência Social, que têm índices negativos e refletem o descaso da gestão com a qualidade de vida da população. Coisas da política equivocada. Os índices de avaliação mostram o descontentamento.

Ainda bem


O historiador Leandro Karnal rejeitou três convites para cargos políticos, incluindo o de presidente interino durante o impeachment de Dilma Rousseff, afirmou em entrevista. Disse que não era do ramo e recusou. Se aceita, afundava sua vida, ou afundava o Brasil. Ainda bem.

Terreno ameaçado


A hegemonia do prefeito Abraão Moura, de Paripueira, já perdida no município vizinho (Barra de Santo Antônio), pode estar ameaçada em seu próprio território, com o avanço do seu maior opositor, o ex-deputado Cicero Cavalcante, que caminha com força na busca de voltar à Assembleia Legislativa. O fato pode lesionar a candidatura à reeleição de Cibele Moura, que carrega apenas os votos do pai.

Querem mais


Eles sacanamente aumentaram o número de deputados de 513 para 531, como sempre, em desrespeito ao povo e à moralidade pública, tão aviltada em tempos de política putrefata. O presidente Lula vetou, pelo absurdo republicano da indecente proposta. A derrubada do veto tá difícil de acontecer. O STF abortou a tragédia, pela unanimidade do seu plenário, ratificando a decisão monocrática do ministro Luiz Fux.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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