Cunha não precisa expor tragédia familiar para se manter no poder
Até quando Rodrigo Cunha vai permitir que se explore o assassinato da mãe para conquistar eleitores? É a pergunta que opositores do senador se fazem a cada eleição, quando a “Chacina da Gruta”, sempre vem à tona.
A execução da deputada federal Ceci Cunha, em 1998, chocou Alagoas e o país. Condenado como mandante, o médico Talvane Albuquerque cumpre sua pena, assim como os matadores, não havendo razões para o crime voltar às manchetes, a não ser para exploração política.
Como deputado e agora senador, Rodrigo Cunha deve ter experiência suficiente para mostrar ser um político com luz própria e não precisa usar a tragédia familiar para se manter no poder. Por permitir a exploração do caso, o parlamentar já ganhou a alcunha de “senador da mamãe”, e Ceci deve se contorcer no túmulo a cada eleição.
Apesar de eleito deputado estadual em 2014 e senador em 2018, com expressivas votações, Rodrigo Cunha até agora não se destacou como parlamentar, com atuação considerada frustrante, quando não medíocre.
Agora é candidato a governador, mesmo com quatro anos de mandato pela frente. E de novo o assassinato da mãe volta a ser notícia na imprensa. O eleitor, que a tudo acompanha, se manifestará no dia 2 de outubro.