Renan Santos e seu passado nebuloso
Renan Santos estreou sua pré-candidatura a presidente da Republica num vídeo em que destrata as lideranças políticas de Alagoas e desrespeita o estado, seu povo e sua história. Ativista da extrema direita, o candidato do nanico partido Missão, derivado do MBL, pretende ser mais radical que Jair Bolsonaro ao defender pena de morte e prisão perpétua para envolvidos em práticas criminosas.
Renan Santos classifica Alagoas como “estado que não deu certo” e responsabiliza os alagoanos por “décadas de domínio político das mesmas famílias e grupos no poder”. Irresignado com o destacado papel de Alagoas na política nacional, o candidato acusa seus líderes políticos de travarem o desenvolvimento do estado.
Renan Santos tem certa razão, mas suas críticas devem valer para a maioria dos estados do Norte e Nordeste, não apenas para Alagoas, o que tira a legitimidade de quem pretende disputar a Presidência da República e governar para todos.
Pior ainda de um político com passado nebuloso e contas a prestar ao fisco nacional e à Justiça sobre acusações de uso indevido dos recursos do MBL destinados a uma associação familiar. O imbróglio rendeu mais de 100 processos judiciais contra a família de Renan Santos.
O Movimento Brasil Livre (MBL), comandado por Renan Santos, também foi alvo de mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal em junho de 2020, o que motivou três processos criminais contra empresários ligados ao grupo. O próprio Renan chegou a ser acusado por suposto tráfico de influência e lavagem de dinheiro via MBL.
Para fazer acusações genéricas contra as lideranças políticas de Alagoas, Renan Santos precisa limpar seu passado nebuloso e explicar a seus futuros eleitores o que realmente esconde por trás de sua extremista plataforma de governo.



