2017
Alagoas recebeu mais de R$ 880 milhões para o Bolsa Família
Considerado o maior programa de transferência de renda, o Bolsa Família registrou um repasse histórico de R$ 880.053.947,00 para as famílias alagoanas em 2017. Segundo levantamento feito pela Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), o valor é R$ 26.085.608,00 maior do que o ano anterior.
Ainda de acordo com o levantamento, o Estado de Alagoas fechou o ano com 405.105 famílias em situação de vulnerabilidade social incluídas do programa social. O valor pago pelo beneficio também aumentou 12,5% em comparação a 2016, passando de R$ 162,07 para uma média de R$ 182,31.
O valor repassado varia de acordo com o número de membros da família, a idade de cada um e a renda declarada ao Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do Governo Federal. Para se candidatar ao programa, é necessário que a família esteja inscrita no CadÚnico e com seus dados atualizados há menos de 2 anos.
Na avaliação da coordenadora estadual do programa em Alagoas, Maria José Cardoso, o Bolsa Família foi criado para atender duas finalidades básicas: enfrentar o maior desafio da sociedade brasileira, que é o de combater a miséria e a exclusão social, e promover a emancipação das famílias mais pobres.
“Desde sua criação, há mais de 10 anos, o Bolsa Família tem potencializado as ações dos municípios e estados no combate a desigualdade social, tanto no auxílio de renda, como nas contrapartidas exigidas pelas famílias. O Bolsa Família unificou diversos outros programas sociais, que isolados reduzem muito a capacidade de transformação social dessas famílias. A maneira mais eficaz de combater a pobreza e a exclusão é levar em conta suas múltiplas dimensões”, explicou.
“O Governo Federal deve trabalhar para evitar que cortes em programas sociais sejam feitos. É necessário incluir e não excluir as famílias. Muitas sobrevivem apenas com esse recurso, portanto é preciso que o Governo Federal mantenha esse direito da população que mais precisa para que elas possam, com esse recurso, ajudar no pagamento do aluguel, do gás, e de tantas outras formas”, completou a coordenadora.
O secretário da Assistência e Desenvolvimento Social Fernando Pereira lembra que o Governo do Estado também está fazendo o seu papel para que os alagoanos superem a zona de pobreza e extrema pobreza, a exemplo do recém lançado Programa de Complementação Alimentar e Nutricional para Gestantes e Nutrizes.
“Junto ao governador Renan Filho, lançamos esse programa que visa atender 25 mil famílias mensalmente. Para ter direito ao benefício, a gestante ou nutriz precisa estar no CadÚnico, recebendo o Bolsa Família. Dessa forma, o valor que ela recebe do Governo Federal pode ser usado para outros investimentos, como a saúde do bebê, a educação, pois a alimentação está garantida pelo Governo do Estado”, afirmou.
A gestante maceioense, Juliane dos Santos, é uma dessas beneficiárias. Com 35 anos, desempregada e e grávida do terceiro filho, ela compareceu ao Restaurante Popular Prato Cheio, no Benedito Bentes, para receber a primeira cesta. Ela acredita que a partir de agora, junto ao seu marido, dará conta do sustento familiar.
“O meu marido é pedreiro, faz alguns trabalhos, mas mesmo somado ao benefício do Bolsa Família que a gente recebe, tem mês que falta dinheiro, falta comida. Esse programa vem como um alívio na nossa casa e principalmente na saúde do meu bebê”, disse.
Fila zerada
Em dezembro, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), a fila para ingressar ao programa Bolsa Família foi zerada pela sétima vez no ano passado. Para isso, foram incluídas 204 mil famílias em todo o país.
A redução no número de famílias que aguardavam o benefício e a posterior inclusão delas no programa foi possível graças à ampliação da base de dados do programa. Com isso, a verificação permanente da renda das famílias foi ampliada e todos aqueles com cadastro atualizado, perfil para o programa e sem informações divergentes foram incluídos
Além das medidas de fiscalização, mensalmente, famílias saem do programa por motivos diversos, como a não atualização das informações do Cadastro Único no prazo de 24 meses, não cumprimento das condicionalidades de educação e saúde, por renda superior à exigida pelo programa, entre outras razões. Essas famílias são substituídas por outras, que se enquadram nas regras do programa e aguardam na fila para receber o benefício.