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Medicamentos terão alta de 12,5%, o maior reajuste em dez anos no país
A partir de 1º de abril, o consumidor de Alagoas deve pagar 12,5% mais caro no preço de medicamentos. O item já pesa no bolso da população, pois é o que mais consume o orçamento doméstico na área da saúde, especialmente para quem faz uso contínuo do produto que não tenha genérico no mercado. O novo reajuste será o maior em dez anos, e acima da inflação.
A informação é da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) para quem só haveria alguma alteração no percentual, caso o governo praticasse mudanças nos critérios utilizados para o cálculo, o que não está no centro das discussões.
O reajuste dos medicamentos leva em conta o índice do IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que acumula alta de 10,36% em 12 meses até fevereiro deste ano.
O governo ainda não confirmou o índice de aumento, que vai incidir em cerca de 19 mil produtos e será aplicado no dia 31 deste mês. Pesam nessa conta a produtividade da indústria, a concorrência no setor farmacêutico e o custo dos insumos. Para as indústrias, as oscilações do câmbio e o aumento expressivo da energia elétrica tiveram grande influência na alta dos índices.
A regulação dos preços dos produtos é de responsabilidade da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No ano passado, o reajuste ficou em 9%, em média, com máxima de 10,08%.
Considerando o percentual máximo dos medicamentos e não a média, em 2020, o reajuste foi de até 5,21% e, em 2019, os medicamentos ficaram até 4,33% mais caros. Em 2018, o percentual máximo foi menor ainda, de 2,43%, enquanto em 2017 foi de 4,76%.



