JUSTIÇA

Itaú é condenado a indenizar em R$ 32 mil alagoano vítima de estelionato

Golpistas utilizaram dados sigilosos do banco para enganar vítima
Por TJ 08/06/2022 - 13:35
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Itau/Assessoria
Banco foi condenado pela Justiça de Alagoas
Banco foi condenado pela Justiça de Alagoas

O Itaú Unibanco foi condenado pelo 1º Juizado Especial Cível de Maceió a restituir os danos materiais causados a um cliente no montante de R$ 24.545,59, e a indenizá-lo por danos morais, no valor de R$ 6 mil. O homem foi vítima de estelionato por ligação telefônica. A decisão, proferida na terça-feira, 7, é da juíza Maria Verônica Correia.

De acordo com os autos do processo, a vítima contou que no dia 27 de janeiro de 2022 recebeu telefonemas supostamente originados do Itaú, nos quais as pessoas que se identificaram como funcionários do setor de segurança disseram que foram constatadas duas tentativas de transferência na conta corrente do homem, nos valores de R$ 12 mil e R$ 14 mil.

O homem ainda contou que as pessoas que ligaram passaram credibilidade, pois disseram que haviam conversado com o gerente da conta dele e informaram dados sobre transações bancárias que apenas a instituição financeira deveria possuir. Os números telefônicos de origem também eram idênticos aos que constam no aplicativo do banco.

A vítima seguiu as orientações que lhe foram passadas por telefone, acabando na efetivação de transferência no valor de R$ 26 mil, sendo parte do dinheiro diretamente da conta corrente e outra do cheque especial. A conta da pessoa beneficiada pela transferência pertencia ao Mercado Pago.

Após a conclusão da transação, a pessoa na ligação insistiu para que o homem verificasse no aparelho celular o recebimento de informações via SMS, momento em que começou a desconfiar ter sido vítima de estelionato. Em seguida, o homem se dirigiu à agência bancária, onde o gerente negou ter realizado contato telefônico.

Em sua defesa, o Itaú Unibanco apontou culpa exclusiva à vítima e alegou que não houve falha na prestação dos seus serviços, nem vazamento de dados internos. O Mercado Pago, que também era réu da ação, sustentou não possuir qualquer tipo de responsabilidade civil ao ocorrido, se limitando a creditar na conta do beneficiário o valor autorizado pelo homem por meio de TED.

Para a juíza, o homem foi alvo da ação de estelionatários por causa da fragilidade do sistema bancário do Itaú Unibanco. Já quanto ao Mercado Pago, Maria Verônica entendeu que a instituição não deve indenizar à vítima, pois não foi comprovada atuação ilícita.

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