O mercado de trabalho no campo no mês de setembro de 2024 se encerrou com 223.146 admissões e 201.938 desligamentos, totalizando um saldo positivo de 21.208 postos em nível nacional. O desempenho do mês foi abaixo do observado no mesmo período em 2023 (31.363) e em 2022 (38.668). As cidades com maiores expansões mensais são de Alagoas. Em primeiro lugar em geração de emprego no agro aparece o município de Rio Largo, com 2.409 vagas criadas a maioria para a fabricação de açúcar em bruto.

O segundo lugar no cenário nacional ficou o município de Campo Alegre, no Agreste, com 1.950 vagas e em terceiro, São José da Laje com 1.446 admissões. As duas cidades também criaram vagas de trabalho relacionadas à fabricação e cultivo do açúcar. O levantamento é da Confederação Nacional de Municípios, divulgado este mês de novembro. Os maiores saldos de emprego pertencem às cidades de Alagoas (11,2 mil vagas), Pernambuco (8,9 mil vagas), Sergipe (3,7 mil vagas) e Pará (1,4 mil vagas).

As pequenas e médias cidades brasileiras foram responsáveis pela maior parte do saldo de trabalho no agro no mês, com 85% do total (+18,0 mil vagas). Ou seja, de cada 10 vagas, quase 9 foram criadas nos Municípios de pequeno e médio porte. As grandes cidades contribuíram somente com 15% do total do saldo mensal (+3,2 mil vagas).

O crescimento do emprego no mês de referência é explicado pela criação de novas vagas para a “fabricação de açúcar em bruto” (+14,8 mil vagas), “cultivo de cana-de- -açúcar” (+4,0 mil vagas) e “fabricação de álcool” (+2,0 mil vagas) na região Nordeste. Das 4.641 cidades com movimentação no mercado de trabalho do agro, 2.294 apresentaram expansão e 1.979 tiveram redução. 

Na região Nordeste, também contribuíram positivamente o “cultivo de uva”, “cultivo de melão”, “serviços de preparação de terreno, cultivo e colheita” e “atividades de apoio à agricultura não especificadas anteriormente” (+3,2 mil vagas).

Na região Norte, “fabricação de óleos vegetais em bruto, exceto óleo de milho” (+489 vagas), “fabricação de conservas de frutas” (+404 vagas), “frigorífico – abate de bovinos” (+255 vagas) e “cultivo de soja” (+113 vagas) puxaram a criação de vagas na região. As regiões Sul e Centro-Oeste também apresentaram saldo positivo no mês. A região Sudeste foi a única a apresentar saldo negativo, sobretudo pelos desligamentos relacionados ao “cultivo de café” (-4,9 mil vagas), “atividades de apoio à agricultura” (-2,2 mil vagas) e “cultivo de alho” (-1,2 mil vagas).

Segundo o levantamento da CNM, os setores campeões de emprego no mês foram a fabricação de açúcar em bruto (+15,0 mil vagas em 187 cidades), cultivo de cana-de-açúcar (3,9 mil vagas em 516 cidades) e fabricação de álcool (+1,8 mil vagas em 168 cidades). No ano, a fabricação de álcool foi a maior geradora de empregos (+17,8 mil vagas em 190 cidades), seguido da fabricação de açúcar em bruto (+16,3 mil vagas em 217 cidades) e frigorífico – abate de bovinos (+11,6 mil vagas em 637 cidades).