NOVO LINO

Mãe deu cinco versões sobre sequestro de bebê; polícia segue na busca

Mudança nos relatos levou a polícia a considerar a possibilidade de que a bebê tenha morrido
Por Redação 14/04/2025 - 19:00
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Reprodução/vídeo
Delegados deram entrevista sobre o caso do desaparecimento da bebê Ana Beatriz
Delegados deram entrevista sobre o caso do desaparecimento da bebê Ana Beatriz

Durante entrevista coletiva realizada na noite desta segunda-feira, 14, a Polícia Civil de Alagoas informou que a mãe da recém-nascida Ana Beatriz apresentou cinco versões diferentes sobre o desaparecimento da filha. A menina morava com a família na cidade de Novo Lino e está desaparecida desde a última sexta-feira, 11.

A mudança nos relatos levou a polícia a descartar a hipótese de sequestro e considerar a possibilidade de que a bebê tenha morrido e tido o corpo descartado. As buscas pela criança mobilizam policiais militares, civis, bombeiros e cães farejadores, que percorrem a área próxima à residência de Eduarda Silva de Oliveira, mãe da bebê.


Veja os detalhes de duas, das cinco versões apresentadas pela mãe, segundo a Polícia Civil

Durante a entrevista coletiva, a Polícia Civil detalhou apenas duas das cinco versões dadas pela mãe: a primeira versão e a última, que é a que Eduarda insiste ser verdade.

Primeiro, a mãe relatou que a bebê havia sido sequestrada por um grupo dentro de um carro. A Polícia Civil entrou em contato com as polícias de Pernambuco e localizou o carro descrito por Eduarda, mas constatou-se que o veículo não tinha qualquer relação com o desaparecimento da bebê. Com isso, a hipótese de sequestro foi descartada.

"Ela disse que havia quatro pessoas dentro de um veículo, sendo três homens e uma mulher. Esse veículo teria parado na beira da pista e realizaram a abordagem, sendo que dois homens teriam descido [do carro], tomado a criança dos braços da moça e teria esse veículo seguido em direção a Pernambuco", afirmou o delegado Igor Diego. 

A versão mais recente dada pela mãe é de que dois homens encapuzados invadiram sua casa, abusaram sexualmente dela e raptaram a criança.

"Dessa vez, ela disse teria dormido com o portão aberto, dois indivíduos encapuzados teriam entrado na casa dela, teriam abusado sexualmente dela, teriam raptado a criança".

Essa nova versão também foi descartada. Os vizinhos informaram não ter ouvido gritos durante a suposta invasão e as câmeras de segurança da região não registraram nenhuma movimentação estranha.

Mãe pode estar enfrentando alterações emocionais durante puerpério, diz delegado

Apesar das inconsistências, os investigadores destacam que todas as versões fornecidas por Eduarda estão sendo checadas. A prioridade da polícia, segundo Igor Diego, continua sendo encontrar Ana Beatriz.

"Nós gastamos toda a energia da PM e da PC em verificar cada uma das situações. Toda vez que a gente trazia as informações e mostrava que não batiam os fatos que eram traçados por ela, ela inventava uma nova versão. A gente tem que checar tudo", afirmou.

"A princípio, o objetivo é encontrar a Ana Beatriz. Se ela criar uma sexta versão, uma sétima versão, nós vamos acreditar nela com o objetivo de ela estar contando a verdade e a gente encontrar a Ana Beatriz".

A Polícia Civil também considera as possíveis implicações psicológicas envolvendo o puerpério. "A gente sabe que podem acontecer diversas situações em um período pós-parto. Existe a questão do puerpério, existe a questão psicológica. Tudo pode ter acontecido", concluiu o delegado.


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