crueldade

Polícia Civil aponta que mãe agiu sozinha na morte da filha em Novo Lino

Delegado afirma que mulher confessou o crime, mas não se descarta a participação de terceiros
Por Redação 16/04/2025 - 11:12
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Reprodução/TV Pajuçara
Eduarda Oliveira, mãe de Ana Beatriz, que está desaparecida desde sexta-feira
Eduarda Oliveira, mãe de Ana Beatriz, que está desaparecida desde sexta-feira

O delegado João Marcello afirmou, nesta quarta-feira,16, em entrevista à TV Gazeta, que as investigações sobre a morte da bebê Ana Beatriz, encontrada sem vida dentro de um armário no quintal da casa da família em Novo Lino, apontam que a mãe da criança teria cometido o crime sozinha.

“Temos a convicção de que ela agiu sozinha. Isso está confirmado”, declarou o delegado. No entanto, ele ressaltou que a possibilidade de envolvimento de outras pessoas na tentativa de ocultar o corpo ainda está sob apuração. “Ainda não descartamos a possibilidade de que alguém tenha auxiliado a ocultar o cadáver. Se isso for confirmado, a pessoa será responsabilizada por ocultação de cadáver”, alertou.

O corpo da bebê foi localizado na terça-feira, 15, cerca de cinco dias após o crime. Na segunda-feira, equipes da Polícia Civil estiveram no imóvel, mas não localizaram o cadáver durante a busca inicial. Agora, o Instituto Médico Legal (IML) e o Instituto de Criminalística (IC) realizam exames que devem indicar o tempo exato de morte e se o corpo chegou a ser movido ou enterrado em outro local antes de ser encontrado.

“O perito colheu material em todos os locais suspeitos onde o corpo poderia estar. Aguardamos a confirmação através dos exames”, informou João Marcello. A investigação segue em curso, e a polícia aguarda os laudos periciais para elucidar detalhes da dinâmica do crime. Segundo depoimento prestado pela mãe, a morte da criança teria ocorrido por asfixia.

O delegado também comentou a situação do pai da criança, que teria retornado de São Paulo após ser informado sobre o desaparecimento da filha, inicialmente tratado como um sequestro. “O pai sabia do desaparecimento e foi orientado pelo advogado a convencer a mãe a contar a verdade. Acreditamos que a mãe agiu sozinha, mas estamos investigando se outras pessoas tinham conhecimento do que aconteceu”, afirmou.

Caso seja confirmada a participação de terceiros, os envolvidos podem ser indiciados por ocultação de cadáver, crime previsto no Código Penal com pena de 1 a 3 anos de reclusão. Por fim, João Marcello destacou a importância da avaliação psicológica da mãe no decorrer da investigação. “Estamos avaliando se a mãe estava em um estado psicológico alterado, o que pode impactar na sua culpabilidade. A avaliação psicológica é uma parte importante dessa investigação”, concluiu.


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