POLÍTICA

Alcolumbre quer votar este mês projeto que aumenta o número de deputados

Composição da Câmara sairia de 513 membros para 531, a partir da eleição de 2026
Por Redação 06/06/2025 - 08:04
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Agência Brasil
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) afirmou que deseja, ainda neste mês, colocar em pauta na Casa o projeto que aumenta em  mais 18 o número de deputados federais. A declaração foi dada durante o 11º Fórum Parlamentar do Brics, que ocorreu nesta quinta-feira, 5.

O Projeto de Lei Complementar 177/2023 propõe a elevação do número de deputados afim de "garantir a proporcionalidade populacional". Para isso, usa como base os dados do IBGE. Com a atualização, a composição da Câmara sairia de 513 membros para 531, a partir da eleição de 2026. 

A quantidade de cadeiras na Câmara dos Deputados não é alterada desde 1993. Nenhum estado perderia parlamentar, mas nove ampliariam suas representações.

O pedido para que haja aumento do número de deputados se originou no Supremo Tribunal Federal (STF), que requereu atualização de acordo com a população de cada estado. O projeto já foi aprovado na Câmara, no dia 6 de maio. O texto recebeu 270 votos à favor e 207 contra.

O presidente do Senado Federal nega que o projeto aumentará os custos e afirma que o orçamento já está planejado para as mudanças. "Caso o Senado se debruce sobre o projeto e amplie o número de vagas, não haverá aumento de despesa em lugar algum. Minha vontade é deliberar até antes do dia 30 de junho, prazo fixado pela decisão do STF", afirma Alcolumbre.

No entanto, informações da Direção-Geral da Câmara afirmam que as novas 18 vagas terão um custo anual de aproximadamente R$ 64,6 milhões. Quando questionado sobre a possibilidade da criação de uma lei que estabeleça um número mínimo de mulheres na Câmara, o senador se posicionou contra. "Minha opinião é que precisamos de uma legislação eficiente que incentive, e não imponha, a presença de mulheres na política. Criar cadeiras obrigatórias pode gerar um efeito contrário ao desejado", opinou Alcolumbre.

Se a proposta virar lei, as mudanças valeriam já para as eleições de 2026. Ganharão cadeiras os seguintes estados:
Amazonas: mais 2 cadeiras;
Ceará: mais 1 cadeira;
Goiás: mais 1 cadeira;
Minas Gerais: mais 1 cadeira;
Mato Grosso: mais 2 cadeiras;
Pará: mais 4 cadeiras;
Paraná: mais 1 cadeira;
Rio Grande do Norte: mais 2 cadeiras;
e Santa Catarina: mais 4 cadeiras


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