POLÍTICA
PT vai às urnas neste domingo para escolher novos dirigentes
Processo deve reunir 1,3 milhão de filiados; quatro candidatos concorrem à presidência nacional
Filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT) vão às urnas neste domingo, 6, para escolher os próximos dirigentes da legenda nos níveis nacional, estadual e municipal, em meio a uma pulverização de candidaturas. O Processo de Eleições Diretas (PED) deverá reunir 1,3 milhão de filiados em todo o País. O eleito vai presidir o Partido pelos próximos quatro anosa após quase uma década sob a gestão de Gleisi Hoffmann.
De acordo com o Diretório Nacional, quatro candidatos estão na disputa. São eles: Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e preferido de Lula para o cargo; Rui Falcão, ex-presidente do partido entre 2011 e 2017 e deputado federal por São Paulo; Valter Pomar, historiador e dirigente do PT, filiado ao partido desde os anos 80; e Romênio Pereira, sindicalista e um dos fundadores da sigla.
A eleição para a presidência nacional do PT ocorre neste domingo, com possibilidade de segundo turno em 20 de julho. Os candidatos disputam o comando da legenda, em uma votação que coloca em pauta a sustentação do governo Lula, a renovação das lideranças partidárias e os rumos estratégicos para 2026.
A disputa interna
Qualquer que seja o resultado abrirá um novo capítulo nos 45 anos de história da sigla. Quase três milhões de filiados poderão depositar seus votos em urnas espalhadas por todos os estados e até mesmo no exterior. Em eleição direta, vence o candidato a presidente que alcançar mais de 50% dos votos válidos no primeiro turno.
O eleito será responsável por conduzir os rumos da sigla nas eleições de 2026, avaliada internamente como uma das mais complexas e desafiadoras dos últimos anos. Entre todos os candidatos, há a defesa de que o partido precisa focar na campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Petistas também têm defendido que, além da candidatura de Lula, o futuro presidente do PT precisará se dedicar a reconectar a sigla com suas bases, fortalecer novas lideranças e preparar a legenda para uma era sem o seu principal nome.
Sem conseguir urnas eletrônicas, o partido fará as eleições internas em cédulas de papel, com contagem manual e individualizada nos municípios. Há expectativa de que haja uma prévia do resultado neste domingo à noite. Mas os dados consolidados devem ser conhecidos apenas na manhã de segunda-feira.